Eu Te Notei
Esses dias eu vi um vídeo onde dizia que o cérebro apaixonado fica demente, inicialmente achei aquilo engraçado. Porém hoje em meio aos meus devaneios percebi que conheço um cérebro demente. Sim, demente! Pois somente uma demência muito grande te faria fazer o que faz.
A sua forma de gostar é a protagonista do seu sofrimento, amar intensamente é querer tomar o outro para si, consumi-lo até que não sobre nada para perder, confesso isso me assusta, mas também me constrange no bom sentido, afinal sou Shakespeana roxa, onde amor e tragédia andam juntos. Sei, que nunca vou conseguir gostar na mesma intensidade que você. Mas também sei que sem eu perceber, o seu esforço fez um trabalho em mim, o trabalho de te notar.
Ele ama com a mesma intensidade que sofre. Desiste com a mesma intensidade que insiste. Sorri com a mesma intensidade que chora. Sente demais, no coração, na alma, no espírito. Já tentou ser superficial, mas sua intensidade arrasava cada tentativa. Alguns podem dizer que ele é exagerado. Ele prefere pensar que é sincero. Sincero consigo mesmo, honesto com seus sentimentos e suas emoções.
Ele me diz coisas sobre o futuro que eu nem consigo acreditar que seus planos são comigo. Ele atravessa a zona sul só pra ver o meu sorriso. Ele fala! Há como ele fala... Ele enfrentou o poderoso chefão, ele insiste mesmo sabendo que pode ser em vão. Demência ou coragem? Eis a questão.
Não tenho resposta para isso no momento, porém se eu tivesse que dar um conselho a todas as pessoas intensas seria: nunca ouse perder o frio na barriga pelo receio do possível apertar do coração.