E se faz.
Cinco anos se passaram... sim, cinco anos!
Ainda não consigo dizer em palavras o porquê de tudo que se passou durante esse tempo.
Só sei que de uma forma, indescritível, consigo sentir a razão. É confuso encontrar razão em sentimentos, mas a única razão compreensível está aí... Nos sentimentos. De você recebi, senti e retribui.
Entre nossas crenças do que é certo e errado, sentir foi o que definiu muitas coisas. Definiu o tempo. O agora. No tempo permaneceu o encanto enquanto crescia a intimidade. Insistiu o riso enquanto veio à compaixão. Persistiu o desejo enquanto me aconchegava a seus braços. Manteve a vontade enquanto fortalecia-se o amor.
O amor um pelo outro, por estar um com o outro. Sem se perder um no outro. Mas preferir caminhar um com o outro. Com respeito um ao outro. Cada um é outro. E está um com o outro. Fez-se assim o tempo. O nosso tempo.
Que ainda permanece. E se faz.
E se faz bom. Amável. Saudoso. Pimposo (você sabe disso). E Notável.
Em cada boa noite. Ta aí? Eu dormi. Você vem que dia? Estou manhoso hoje. Vamos vê terror? Tenho um vídeo de Ark pra mostrar. Vamos mimi? Tenho uma fofoca hoje. Juremaah...Juremaaah. Tem tantas outras expressões e comportamentos que não cabem ser descritas assim.
No tempo aprendemos a nos enxergo. Não só a versão cuidadosamente arrumada. O de verdade. O que está fora da moldura do retrato.
Nunca pensei que um dia eu iria dizer. Mas eu disse. E digo: Eu te amo.