EXALTAÇÃO DE UM LAMENTO

Não te vás!

Estás palavras tuas ainda fazem barulho na minha mente;

Não mais provo do sono como antes;

Desta vez as paredes do meu mundo interior estremeceram, e uma racha se deixou marcar na mais alta e firme!

Nunca fizemos promessas um para o outro, sempre olhámos para tal coisa como a que não teria vida para nós;

Das interessantes conversas e emocionantes gargalhadas de quais desfrutavámos, hoje ecoa dentro de mim o mais amargo e torturante silêncio de sua voz;

Nunca vivemos o comum e as suas banalidades, pois, sempre nos apeteceu o incomum;

A tua extrema curiosidade no que concernia a vida e ao universo, me serão sempre de fascínio elevado até o dia último de minha vida;

Em uma de nossas conversas, senão a última e mais curta das demais que tivemos, me vêm com nitidez à mente as tuas mais sublemes palavras <<quando se fizer por chegar o meu fim último, diga à todos que não violem o meu ir com os seus cânticos, que guardem-os para si>>.

Não sabíamos se chamávamo-nos amigos, ou apenas companheiros desta estrada designada vida, pois, o custo de fazer um amigo é cobrado ao vêmo-lo partir;

Decidimos viver, apenas, mas não como os demais!

Quem decide a razão da vida, um Deus ou o Homem? Esta foi a questão que deu início à tudo.

Quantas verdades sobre si o homem pode suportar? Esta foi a questão que lho levou a questionar-me <<por que é que escreves, mesmo que os teus manuscritos sejam magníficos o que é notável pela precisão e magnificência tua, não te importaste de que tenhas lançado o teu ensaio no mesmo período que o Frances Skatamba, e muitos dos que diziam apoiá-lo não o fizeram, senão deixá-lo por conta própria, o que te realmente move?>>, eu olhei para ti com receio de respondê-lo, você insistiu na questão, e eu disse <<eu escrevo para mim, é um modo de conversar comigo mesmo, e para que por meio da leitura das minhas palavras pelas mentes certas, elas tenham acesso nem que por um curto instante às partes mais profundas do meu mundo ao qual os raros têm acesso, a fama estrondosa é com certeza um veneno factal, pior ainda quando sustentada por pessoas que não sabem do porquê terem algo teu em suas vidas>>, você olhou para mim e gargalhou <<você não existe meu caro>> foram às tuas palavras.

Próximo ao teu adeus, mo revelaste sorrindo que Frances Skatamba não foi um escritor, que procuravas apenas uma resposta do que motivava uma criatura feito eu...

Eras pequeno em idade, mas, imenso em intelectualidade!

É com pesar que te tenho que deixar ir, desde então minha inteira arte te abre a merecida vénia!

O orfanato me deu um amigo, e à morte veio e o tomou!

(...)

Autor.Susatel

(Pfekani-Autista de treze anos)

In, Um pesar