"PREGUNTA POSTOMA"
Ah Neruda, pela manhã quis eu revelar-te
Mas a certo dia intui-me, não há segredos incólumes
diante da etérea vida, "testemunhas",
muito menos quando adiante no sopro da vida
gestante a divina Luz te ilumina
Eras tu poeta também uma vitima de teus olhos
olhos grandes, grandes olhos
tão grandes olhos a suprimir a "dura-mater"?
"Confesso que pensei para lhe escrever",
não para lhe julgar, como de costume ao limite
de minha vã consciência, mas para perguntar lhe
Eras tão pequeno o teu coração,
ou as lagrimas que secaram teus olhos
capazes foram de insuflar o infante encéfalo,
a desprezar lhe o amor pelo qual fores tão brilhante?
Devo dizer lhe ainda...
Amar mil mulheres
Amar as pessoas
Amar os animais
Amar toda a natureza da criação,
mas amar os Filhos e Filhas
não há no mundo maior benção
Pablo ao entardecer eu não quero mais lhe conhecer
Mas igual fizestes, nos desprezar de tua "angelical criatura",
eu não o farei
Não desprezarei teus filhos e filhas,
que chegarão a mim porventura
Mas quando "estes" por desventura
a mim encontrar, vou lhe perguntar...
Pablo Neruda Você aprendeu a Amar?
EVOLUZ...
(Eu mesmo)