"PREGUNTA POSTOMA"

Ah Neruda, pela manhã quis eu revelar-te

Mas a certo dia intui-me, não há segredos incólumes

diante da etérea vida, "testemunhas",

muito menos quando adiante no sopro da vida

gestante a divina Luz te ilumina

Eras tu poeta também uma vitima de teus olhos

olhos grandes, grandes olhos

tão grandes olhos a suprimir a "dura-mater"?

"Confesso que pensei para lhe escrever",

não para lhe julgar, como de costume ao limite

de minha vã consciência, mas para perguntar lhe

Eras tão pequeno o teu coração,

ou as lagrimas que secaram teus olhos

capazes foram de insuflar o infante encéfalo,

a desprezar lhe o amor pelo qual fores tão brilhante?

Devo dizer lhe ainda...

Amar mil mulheres

Amar as pessoas

Amar os animais

Amar toda a natureza da criação,

mas amar os Filhos e Filhas

não há no mundo maior benção

Pablo ao entardecer eu não quero mais lhe conhecer

Mas igual fizestes, nos desprezar de tua "angelical criatura",

eu não o farei

Não desprezarei teus filhos e filhas,

que chegarão a mim porventura

Mas quando "estes" por desventura

a mim encontrar, vou lhe perguntar...

Pablo Neruda Você aprendeu a Amar?

EVOLUZ...

(Eu mesmo)

Gabriel L Rocha
Enviado por Gabriel L Rocha em 26/03/2022
Reeditado em 26/03/2022
Código do texto: T7481204
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