Como um divisor de águas
Eu finalmente consegui o que queríamos. O que eu queria. O que você queria.
Ocupo esse lugar lembrando das palavras que você me lançou: "age, dar um jeito de ganhar dinheiro".
Aquilo parecia uma condição para você me amar, ou para ficarmos juntos. Você perdeu a paciência, eu sei. Perdeu por que não viu perspectiva de que algo em nossas vidas poderia mudar. Eu até hoje penso que você tem padrões de psicopatia. A verdade é que perto de você, não chego mais. Não te conheço mais, eu te matei dentro de mim, te sufoquei, coisa que vez ou outra tu tenta respirar, encontrar algum meio de me colocar pra baixo, por que mesmo longe, as memórias vem reviver certas coisas. significa que eu não te matei por completo, mas eu não te conheço mais.
Fiz uma canção falando disso, que eu não te conheço e nem sei com quem você anda. Isso não me interessa mais, e naquela época, sim, eu me interessava. Mas passo a pensar que eu só me interessava pelo controle com o qual eu vivia, também. Não era algo unilateral e reconheço que entrei nessa devido aos seus mecanismos de controle, tanto que a cilada foi só se mostrando ainda maior, uma armadilha sem fim.
Sobre sua condição psíquica, já não me interessa mais. Nada me interessa mais, embora eu ainda gesticule e demonstre aos meus amigo, que busco saber de você. Tolos. Eles pensam que me conhecem bem. Não conhecem nada, e na maioria das vezes eu só faço o que eles esperam que eu faça, pra não haver grandes discussões. Que fique bem claro que também não me sacrifico.
Mas voltando sobre a falta de reconhecimento, sim, perderam-se o sentido dentro de um processo de esquecimento gradativo e doloroso. Sendo assim, sinto que perdeu-se muito mais que ganharam-se. Eu não sei você mas ganhei grandes responsabilidades e luz sobre temas íntimos meus. O que não é usual e nem toda vivencia deixa como legado algo tão valoroso e significativo. Como um divisor de águas.