Impostora

Impostora,

Sequestrou-me a razão, e atirou-me do penhasco,

Sem proteção, amparo, ou qualquer segurança de que eu me manteria "viva".

Cai, e ela se riu, eu me ri,

doeu, curou (será?).

Seus impulsos não me agradam,

Seus saltos suicidas, por esporte, são cansativos

Vive a tomar-me o poder sem necessidade, e controla-me a vida

Por favor, deixe-me viver em mim

Não te quero mais aqui, suas loucuras, não serão mais toleradas,

E ainda peço-te,

Algo simples,

Algo bobo,

Algo pouco,

Com amor e desespero,

E com respeito por fazeres parte,

de partes, que partem de mim,

Quando saltar-te novamente

deixe-me, o paraquedas,

E caso queira aventurar-se,

Que se faça a sua queda livre,

Mas sem mim,

Deixe minha essência descansar,

Por favor...

Mergulhe aonde quiser, sem oxigênio se preferir,

Mas peço,

Que morra, em silêncio

E que não recorra, a nenhum ultimo ato.

Helen Amaral
Enviado por Helen Amaral em 09/03/2022
Código do texto: T7468597
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