Impostora
Impostora,
Sequestrou-me a razão, e atirou-me do penhasco,
Sem proteção, amparo, ou qualquer segurança de que eu me manteria "viva".
Cai, e ela se riu, eu me ri,
doeu, curou (será?).
Seus impulsos não me agradam,
Seus saltos suicidas, por esporte, são cansativos
Vive a tomar-me o poder sem necessidade, e controla-me a vida
Por favor, deixe-me viver em mim
Não te quero mais aqui, suas loucuras, não serão mais toleradas,
E ainda peço-te,
Algo simples,
Algo bobo,
Algo pouco,
Com amor e desespero,
E com respeito por fazeres parte,
de partes, que partem de mim,
Quando saltar-te novamente
deixe-me, o paraquedas,
E caso queira aventurar-se,
Que se faça a sua queda livre,
Mas sem mim,
Deixe minha essência descansar,
Por favor...
Mergulhe aonde quiser, sem oxigênio se preferir,
Mas peço,
Que morra, em silêncio
E que não recorra, a nenhum ultimo ato.