EXÓRDIO

EXÓRDIO

A metáfora de expelir larvas literárias de forma poética com rimas e temas tão plurais é bem o perfil desse nosso segundo livro, vai deslizando as páginas com irrigadas estrofes, onde cada uma com seu conteúdo busca ir produzindo distinto corpo temático, fazendo provocar reflexões comportamentais dentro de nossa cultura, Está aí permeada a proposta dessa coletânea antológica.

Larvas Vulcânicas vai singrar por um horizonte de reflexões às vezes polêmicas, ancorando em abordagens afetivas, tabus, politizadas, religiosas e, sobretudo humanas, bebendo de inspirações e emoções singulares, além de experiências pessoais que provocam fluir e ser determinante nesse processo literário que culminou por materializar essa compilação, tanto de sentimentos amargos como doce.

Nascendo assim do âmago desse poeta, reações de euforia, perplexidades e desabafos, mas tudo com um toque de classe nas inúmeras circunstâncias que nos levaram a produzir e não se pode descartar, até um olhar psicografado, pois nesses momentos de explosões no cerne foi que reverberou inspirações surreais ou insólitas que transita bem além de minha limitada condição humana, fazendo eclodir tanto sentimentos otimistas como revolta pacífica. Destarte, senti-me a vontade para usar todas variantes emotivas como catapulta e arremessar uma escrita em forma de libertação, êxtase ou protestos esculpidos pelas poesias.

Criar amplo universo de ebulições emocionais tentando efervescer muitas vidas que possam estar ou não, equivocadamente herméticas por um determinado ponto de vista, vedando-as em não lhe deixarem ter um olhar mais holístico de sua razão humana, isso independente da sua condição econômica individual, seja também por alguma forma ou razão de devoção e expressão social do mundo.

Se assim não fizesse, não seria eu, pois tenho na minha trajetória de vida, uma capacidade de não me prender a injustiças ou muito menos ser sufocado por atitudes mesquinhas e egoístas de pessoas distantes ou próximas, sabendo desvencilhar de fatos desagradáveis e assim evitando consequentemente, cair num processo psíquico desgastante, dentro dessa concepção, sempre aproximar minha forma de pensar para um campo de visão que visa levar minha natureza humana a uma evolução.

Buscando beber de várias fontes que povoam meu universo, temas sobre propostas da Campanha da Fraternidade defendida pela CNBB, fez-me também entusiasmar para desdobrar pontos de vistas, sobre elencadas pautas que a supracitada e notável entidade tanto contribuí para fomentar um processo produtivo de conscientização social, além de outras referências que também são auxiliares nesse processo de criação.

Sejam oriundas das redes sociais, natureza, causas politicas, humanas e espiritualidade, enfim tudo que vamos sendo capturados para emocionalmente ser tocados e fazer escorrer poemas de uma mente profusa em constante usina de produção literária que vive seu processo natural de querer anunciar ou denunciar pelas reflexões, sendo sua melhor forma de ecoar os valores e lutas que são parte intrínseca da sua natureza humana.

Também não tenho pretensões de fazer desse livro modelo pra manipular ninguém, a ideia é justamente trazer mais outro olhar que venha se somar dentro de nossas realidades sociais, ficando exclusivamente na vontade de cada um, se achar que meus versos devem ser importantes para servir de exemplo em alguma coisa que possam querer buscar se aprofundar ou reciclar, dentro da sua percepção de mundo, se a gente conseguir criar essa vontade de provocar novas reflexões, já estará cumprido à missão desse livro, aplausos e critica também abraço, afinal minha verdade é antes de tudo, só minha verdade.

O importante é ser esse cidadão ousado que oferece seus versos a exposição pública, para sofrer as naturais depurações, indagações e também aceitações, mas deve ser assim, pois cada ser humano tem sua formação cultural-biológica extremamente subjetiva que não se deve violar, mas respeitar, só faz parte de nossa ossada, até desmistificar temáticas conservadoras, assim parafraseando o gênio Albert Einstein: “uma mente que se abre a uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho original”. Então deixo para nossos leitores, essa apimentada e aprazível compilação poética, claro, aceitando-a até onde se sentir intimamente contemplado.

Cordiais abraços fraternos

FERNANDO ARÁBIA
Enviado por FERNANDO ARÁBIA em 18/02/2022
Reeditado em 16/03/2022
Código do texto: T7454847
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