Carta ao Manuel Maria de REMOL - 49 - "Mensaxe a Ernesto Che Guevara"
Ó Manuel Maria, leio a mensagem, que é poema,
e suspeito que as tuas palavras
arredondam ou roldeiam uma ideia
ou uma realidade quase divina ...
Estimas que o Ché baixou do Céu
como Jesus Cristo para morrer
por nós e assinalar-nos a via
da salvação? Jesus Cristo,
a salvação eterna ... "O meu reino não é deste mundo";
o Ché, a salvação temporal ... "Quando ainda era um jovem
estudante de medicina, viajou por toda a América do Sul
e radicalizou suas posições após testemunhar a pobreza,
a fome e as doenças que assolavam o continente."
(Assim a wikipédia capitalista?) Radicalizou-se,
procurou as raízes e achou que o capitalismo tudo
estraga, da Amazônia às terras secas da minha Castela,
onde proliferam as pecuárias intensivas ....
Vou aos versos finais da tua mensagem, que na realidade
são oração, mensagem transcendente, ao Ché:
"Ernesto Ché Guevara, irmão e mestre,
exemplo, semente e companheiro,
arela ondeando nas estrelas,
homem cabal, valente e generoso,
tu não morreste e nunca morrerás:
o amor e mais a liberdade
são bens que não podem ser assassinados!" (p. 112 e final)