Carta ao Manuel Maria de REMOL - 44 - "Homenaxe a Joan Maragall"

Manuel Maria, amigo certo, evocas a pessoa

e a obra do poeta catalão, autor prolífico e social,

da sociedade catalã e da espanhola ... As suas obras

completas abrangem quer 11 volumes, quer 25,

a definitiva: direção de Joan Estelrich, dos Filhos deJoan Maragall,

Sala Parés Llibreria, Barcelona, 1929-55. Com prólogos de Josep Maria Capdevila,

Antoni M. de Barcelona, Miquel dels Sants Oliver, Carles Soldevila,

Josep Farran i Mayoral, Josep M. de Sagarra, Ferran Valls i Taberner,

Josep Lleonart, Carles Rahola, Gaziel, Manuel Reventós, Agust  Esclasans,

Francesc Cambó, Carles Cardó, Miquel d'Esplugues, Joan Estelrich,

Miguel de Unamuno, Josep Sebastià Pons, Manuel de Montoliu,

Josep Carner, Francesc Pujols, Carles Riba i Eugenid'Ors. Toda uma

agrpção de escritores e intelectuais catalães ... e ainda mais ... Unamuno,

o nacionalista basco-español radical ... Mas é que, como dizes,

Manuel, ao poeta: "España continua morta.

O sol queima Castela e não a alumia.

As touradas, sangue e morte.

E a velha força da Ibéria tão inútil."

E reconheces, Manuel inspirado

por espírito eterno, que Catalunya

queda e inqueda, está a olhar

de sempre para acima dos Pirineus

à melhor Europa, se alguma for ...

Catalunya inteira, quer dizer, PAÏSOS CATALANS,

Principat, Illes, País Valencià ... e ...

Maragall, lembras, Manuel, apesar de tudo,

lembras sem lembras, como temeroso,

como posto em timidez, que Maragall

escreveu aquela "Oda a Espanya" que começa:

"Escolta, Espanya -la veu d'un fill

que parla en llengua - no castellana:

parlo en la llengua - que m'ha donat

la terra aspra.

"En 'questa llengua - pocs t'han parlat;

en altra, massa. ..."

Talvez Maragall e, com ele, tu, Manuel, temais que os castelhanófonos

patriotas,

se estimem ofendidos por lhes recordar que a Península foi

e ainda é HISPÂNIA, diversa, mas una, asperamente,

esgreviamente UNA ... Triste sina e ameaça ...

...

A tua dedicatória ao poema, "Para Enric Barbat",

o sexto de "Els setze Jutges", grupo adscrito à Nova Cançó, lá, por volta de 1963.

As primeiras "cançons", de clara influência brasseniana, como "El gamberret", "El cementiri del Sud-Oest", "Pel caminet de la plaça del poble", "Ara que estic sol" ...,