Carta ao Manuel Maria de REMOL - 19 - "Carta ao río Miño#
Manuel, falas com o rio Minho, pai quase divinal da Galiza, da Galaecia,
da submetida ao reino independentista de Castela
e da livre, igualmente independentista, de Portugal.
Queixas-te: "Todo e todos estamos desamparados:
"todos estamos sós, essa é a verdade.
#O teu murmúrio, ouh rio, é o laio
da tua soidade desamparada."
Percorres, Manuel, com o rio lugares, prados e moinhos,
que muitos de nós ignoramos vencidos da nostalgia
de não ser, como tu, da Terra Chã investidos em sonhos
que unicamente proclamam a soledade da nossa nesciência.