Carta ao Manuel Maria de REMOL - 13 -"Todo o que se viviu ..."
Caro Manuel, lembras aquelas ocasiões em que conversamos
e, segundo a tua perspicácia lírica, nos contemplamos ...?
Hoje já não podemos ... cá, mas lá? "Tudo vai em nós
pesando e doendo eternamente", afirmas no poema
do título acima citado. É poema a esvoaçar por entre
nuvens felizes de sol carinhoso e contradições generosas:
Tudo e nada, nascer e matar, verme e inconsciência, ...
alegria e tristura ... esta sim é contradição lógica!
Afinal tudo começa por ser ignorância ...
Começa? Ou acaba, acabamento perfeito:
a folha que agroma, dizes, que o outono mata, digo.