O que é melhor viver: O fugaz ou o eterno?

Fugaz ou eterno?

É vero renato.

Quem disse que aquilo que é fugaz, efêmero, não vale a pena ser vivido?

Muito pelo contrário, são esses momentos singulares que marcam a memória da gente.

Seja ele no amor de uma namorada que chega e muda nossa história pra sempre.

Parece até que ela tinha essa missão específica, depois que cumpre, some e nunca mais aparece. Só resta a saudade pra contar histórias.

Seja um filho fazendo uma traquinagem na infância que arranca de nós toda a alegria que o peito pode suportar sentir. É como que se aquele momento fosse atemporal, esteve no passado, faz parte do presente, e com certeza estará firme no futuro.

Ou quem sabe uma noite de amor inesquecível como uma nobre desconhecida.

Afinal de contas a vida sexual é uma etapa muito importante. As vezes a troca de saliva, gostos, gestos, cheiro, e principalmente o “jeito” de fazer amor de uma outra pessoa marca a vida da gente, nos municia de informações pra seduzirmos a “outra”, aquela que será “aquela” que ficará conosco formando nossa família. Em muitos de nós, isso acontece num romance de verão, e não há nada de errado nisso...

A nossa própria transcendência.

Conquanto temos o Espírito de Jesus nos guiando dentro de nós, guardamos momentos marcantes da manifestação de Deus no nosso coração. É a famosa “Saudade de Deus”. A gente se impacta com ele, queremos resgatar esses momentos raros, mas não dá mais, já passou...não volta mais...ficamos como cachorros correndo atrás do rabo...

As próprias aparições de Jesus aos discípulos depois de ressuscitado eram aparições curtas. Deixando-os em estado de choc, embasbacados. Tanto é assim, que foi esse estado que os moveram a eternizá-las, descrevendo-as, colocando-as no papel, transformando as experiências pessoais deles com Deus, em revelação divina.

Essas manifestações singulares tornaram-se o coração do Novo Testamento.

Voltando aqui pra terra. Rsrsrrs

Hoje eu penso que precisamos equilibrar esses momentos e valores: fugazes e eternos.

Uma pessoa que só vive por princípios eternos o tempo todo se torna chata. Fica engessada, rígida, se auto proíbe, é a famosa ditadura dos valores, não pode dar um passo pra cá ou pra lá sem refletir. Quem sofre é a nossa intuição que fica esclerosada...

Já essa nova geração que só pensa no aqui e agora e no prazer, acaba que não construindo relações mais profundas, na realidade fica um vácuo nesses corações com relação a família, amigos do peito e etc...

Hoje eu prefiro equilibrar essa balança, equilibrar essas forças.

Hoje eu como o peixe sem tirar o olho do gato, se é que me entende! Na minha existência há espaço para as coisas fugazes e para aqueles de caráter eterno.

Sei que erro muitas vezes nessa diferenciação de uma da outra, mas o fato é que procuro vivenciar essas duas realidades em minha vida existencial.

FlavioFerr
Enviado por FlavioFerr em 18/11/2007
Código do texto: T742035