A Pomba Branca nos Trás ( ENVIADA )
Bom dia, minha amada,
Que nesse recanto está;
Diz-me se é certo
Em você me encontrar?
Amor nunca aqui me falta
A quem sabe amar;
Porque vivia tão sozinha
Procurando esse amor perdido?
Pois sempre fui um poeta apaixonado,
Poeta de poemas enamorados;
Não há enigmas nos recitados,
Que este poeta não possa decifrar.
Estas letras de pouco adiantam,
Pouco adianta se de amor não consistir;
Mas chores-me, princesa do recanto,
Que mais posso alem de te amar?
Também deste poetar,
De poema mesmo pouco convéns;
Mas até a alma da senhoria
Sinto-me capaz de enaltar.
Também de pouco me adianta,
Um jogo de tabuleiro agregar;
Fale-me ainda, minha amada,
O que faço pra te conquistar?
Conhecendo o teu decifrar
Por estas letras em redoma deixar;
O prisma em teu olhar,
Quem sabe lá?
Esses beijos doces,
Que muito me quer;
Mas diga-me, minha poetiza,
O que faço pra alma te encantar?
Melhor que este coração de poeta
Que sabe rascunhar, palavras entre palavras;
Tanta alvura nesta águia que me guia,
Diga-me ainda, por que este beijo fechado?
Tirei do baú os clãs,
Que o vento trazia desesperado;
Desalegrando em desalento este romantismo,
Digas-me por que achas que te ferirei?
Responda-me se a alma desejar
Por um momento esqueça do brio carnal;
Reacenda esta chama,
Deixando-me te abraçar...