Carta aberta para alguém que sinto saudade
Não consigo esquecer das suas últimas palavras, aquelas, ditas no papel amarelinho, que infelizmente foi rasgado por um ato de fúria meu.
Não há um dia sequer que elas não sejam motivo de prece,aos céus de olhos marejados peço que você regresse, aos braços do Pai, ao convívio da comunhão, para celebrar o novo nome que ganhou Sião.
Desconheço os passos e as feridas que mudaram seus rumos, mas o Criador conhece e sobre elas derrama bálsamo.
Compreendo que por vezes a comunhão é enfadonha, pelas milhares de falhas daqueles que não interpretam corretamente a sã doutrina, mas nem sempre é assim.
Se faz necessário perdoar os que erram feio e bastante, tolera-los e mostrar em amor as mazelas a serem corrigidas.
As péssimas vivências não são de todo descartáveis, elas servem como ensino, nos impelem a ser para os outros a congregação que jamais foram para nós.
Sei que é difícil voltar para casa, mas em amor posso te ajudar nessa árdua jornada.
Encerro esse "bilhetinho" dizendo que posso arrancar vida das mãos frias da morte "sozinha", mas preferia que você me ajudasse.
Saiba que as portas estarão sempre abertas, e meus ouvidos sempre atentos, eu e o Pai jamais deixaremos de te amar.
"Lesson three - you're not alone
Not since I saw you start breathing on your own
You can leave, you can run, this will still be your home" ( Jars of Clay)