Carta para o mundo

Devoto-me em íntima existência –

Perco-me em minha insignificância de não produzir o nada perante a uma sociedade medíocre e retrógrada.

Sou um alguém sozinha –

À margem de convenções sociais:

Tachada como aquela que ninguém quer, ou deseja.

Mal sabe eles dos meus predicados e adjetivos,

Não é uma opção – E sim, uma escolha pensada e repensada.

Onde exploro cada nuance da essência,

Reconhecendo-me como gente –

Imperfeito ser humano.

Não concordo –

Como também discordo até certo ponto.

Para eles posso ser a pessoa mais sem graça, que possa existir na face da Terra,

Porém, para a pessoa mais importante, ou seja, a minha digníssima pessoa, sou a mais incrível do mundo em sua dinâmica.

Não há problemas nenhum viver à espreita de indivíduos fúteis que se julgam autossuficientes, devido às questões financeiras -

Não tenho um centavo no bolso!

Possuo um mundo fantástico, onde impera a imaginação.

Na expansão dos sentidos –

Explorando cada um dos meus territórios significativos.

Como aliada – A escrita – Tem o seu papel fundamental:

Em casa fase –

Em ciclos que se fecham e se abrem para uma nova perspectiva de vida.

Sozinha –

Cesso os movimentos –

Respiro –

Reconheço-me como o ser que sempre desejei ser.

Não tem importância, as lutas e as tempestades que se formam em meu pequeno universo exterior.

Para sempre –

Até o momento de minha pequena trajetória e existência,

Serei o que sempre desejei.

E nenhum acontecimento, por menor que seja, fará com que mude este meu jeito de ser.

Expandindo-me –

Abastecendo-me –

Transbordando-me –

Em uma infinita inquietude.

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Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/12/2021
Código do texto: T7411308
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