Carta para o mundo
Devoto-me em íntima existência –
Perco-me em minha insignificância de não produzir o nada perante a uma sociedade medíocre e retrógrada.
Sou um alguém sozinha –
À margem de convenções sociais:
Tachada como aquela que ninguém quer, ou deseja.
Mal sabe eles dos meus predicados e adjetivos,
Não é uma opção – E sim, uma escolha pensada e repensada.
Onde exploro cada nuance da essência,
Reconhecendo-me como gente –
Imperfeito ser humano.
Não concordo –
Como também discordo até certo ponto.
Para eles posso ser a pessoa mais sem graça, que possa existir na face da Terra,
Porém, para a pessoa mais importante, ou seja, a minha digníssima pessoa, sou a mais incrível do mundo em sua dinâmica.
Não há problemas nenhum viver à espreita de indivíduos fúteis que se julgam autossuficientes, devido às questões financeiras -
Não tenho um centavo no bolso!
Possuo um mundo fantástico, onde impera a imaginação.
Na expansão dos sentidos –
Explorando cada um dos meus territórios significativos.
Como aliada – A escrita – Tem o seu papel fundamental:
Em casa fase –
Em ciclos que se fecham e se abrem para uma nova perspectiva de vida.
Sozinha –
Cesso os movimentos –
Respiro –
Reconheço-me como o ser que sempre desejei ser.
Não tem importância, as lutas e as tempestades que se formam em meu pequeno universo exterior.
Para sempre –
Até o momento de minha pequena trajetória e existência,
Serei o que sempre desejei.
E nenhum acontecimento, por menor que seja, fará com que mude este meu jeito de ser.
Expandindo-me –
Abastecendo-me –
Transbordando-me –
Em uma infinita inquietude.
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