Pedro Paulo
Meu caro irmão e amigo Pedro Paulo, não vejo pelo lado do vil metal corruptível, mas pela necessidade de voltarem a paz inicial dos idos tempos de sua Fundação, quando caia de céu bênçãos de orvalho, serenos das madrugadas, garoa paulistana, em que se via o descortino do céu como se assista ao Planetário, com sua áurea boreal, desde a terra e dos horizontes de Norte ao Sul, de Leste a Oeste. Suas vizinhas árvores que aninhavam majestosos pássaros. Tudo foi mudado e agredido pelos ditames do progresso que devassou seu claustro, abafou se canto gregoriano, sufocou sua privacidade genuína. Foi preciso vender para ter recursos para construir seu novo convento e se manterem com a carência de vocações com seus dotes que proveriam seus sustentos. Mas por obra da providência quis que sua nova Abadia fosse novamente devassada com o progresso da vida urbana, desassossegando suas freiras enclausurada.
Abraço
Chico Luz