“CARTA AOS AMIGOS
No dia que aqui cheguei, um tanto tímido e perdido; com a minha canoinha a remo, procedente de um rio... Que eu não sabia aonde iria me lavar.
No meu trajeto eu encontrei vários caminhos, eu encontrei córregos grandes, com histórias de vários navegantes... Outros caminhos mais pequenos, estreitos e menos navegados, nos córregos maiores nem sempre eu era convidado a navegar, muitas vezes eu sentia hostilidade, não era respeitada a minha velha “canoinha”. Porem havia alguns, que me abraçavam, desejando-me boas vindas; mas foi nos córregos pequenos que encontrei águas calmas, correntezas amigáveis... E braços abertos.
Eu falo dos amigos que aqui encontrei; e dos verdadeiros que aqui ficaram, nem sempre o bom amigo é aquele, que tem a oportunidade de te abraçar todos os dias... Mas, quando o abraço é demorado, quando vem tem mais calor, tem mais afeto, tem mais saudade.
Sinto falta às vezes dos amigos de outrora... Porém sou acariciado pelos amigos de agora; e que abraço aconchegante eles tem! É que no meu dicionário não existe a palavra “ex-amigos”. O nosso dia a dia é um rio... A nossa permanência é uma rede... Os nossos amigos são os lindos peixes, que nadam na nossa direção. Existem os peixes “miúdos”, que passam por entre as malhas; e os que ficam a preencher os nossos corações.
Aqueles amigos que aqui encontrei, que há muito não os vejo; mas continuam “amigos”, e que, eu sinto saudade; os novos amigos que me conquistaram... Que a mim consolam... Os meus grandes amigos, que marcaram a minha existência.
São todos meus amigos, de que hoje, e os de outrora.
Obrigado amigos! Por fazerem parte da minha história! Seria impossível nominá-los... Pois são tantos os abraços, os beijos, também é tanta, a alegria de tê-los.
Depois de tanto navegar, guardei um pouco a minha canoinha; aportei para abraçar e ser abraçado; e me dei um tempo... apara amar e ser amado.
Apesar de às vezes sumir, mas saibam todos, eu amo muito vocês! Com carinho, gratidão e respeito...
Humildemente...
Antonio Hugo.