Um alô depois de um sonho - 17 de agosto de 2005

Oi! Você já deve estar cansada de mim. Fazer o quê? Será sempre assim! Não vou nem perguntar como você está, eu já sei. Mesmo assim, estou louca pra te contar um segredo.

De mim para mim mesma!

Eu tive um sonho lindo!

Vivi algo que sonho viver, uma ilusão que me fez feliz, que alegrou o meu dia.

Ele me encontrou, não sei, eu o encontrei, mas de uma coisa eu sei, a gente foi feliz.

Um abraço apertado, olhares fixos, o toque mais suave e quente dos nossos lábios quando se encontraram.

Eu pensava que isso nunca mais pudesse acontecer.

Doía em meu coração a ausência dele, do cheiro dele, enfim, do seu corpo, da sua alma junto à minha.

Me aperta o peito quando penso nele, eu sinto uma dor forte na boca do estômago ao imaginar minha vida sem ele.

Alô! - À tarde ouvi sua voz. De tão nervosa e ansiosa que eu estava, senti como se tivesse levado um sôco nas costas, as palmas das minhas mãos suavam, eu não sabia o que fazer - ele disse meu nome - quase morri. E ele foi tão doce, tão carinhoso e interessado em me ouvir, que o mundo parou naqueles instantes.

Ai, tem horas que tenho vontade de chorar, ao mesmo tempo, gritar. Não consigo me conter! É uma emoção tão forte que me mantém inerte, fora de mim.

Ele me convidou, me propôs algumas horas do seu dia. Eu, realmente não sabia o que dizer, o que pensar, o que fazer.

Estou me sentindo tão feliz, que as estrelas voltaram a brilhar. A noite já não é mais um martírio nem solidão que me perseguia. Está tudo tão bonito! Tudo tão perfeito!

Me perdoe, meu Deus! Agora ele está casado.

Eu o amo tanto, eu quero tanto bem a ele, eu desejo alegrias à vida dele.

Eu sei que não podemos ficar juntos, que não é desta vez que viveremos unidos pelo resto de nossas vidas. Me perdoe! Eu o amo, e isso é mais forte do que eu!