Sobrevivência e morte
Não sei o que pensar –
Até mesmo o que buscar.
Na temperança de meus dias,
Tão cinzentos quanto às queimadas que assolam não somente o país, quanto às demais nações.
No limiar da dor –
Parece que estamos entregues as traças,
Com uma enorme sombra –
Uma mancha negra tentando encobrir o azul do céu –
Deixando um rastro de destruição no solo.
Por quantas vezes – Desejei –
Em outras tantas – Desejo –
O ar puro para respirar!
Longe de toda e qualquer ameaça...
Mas em pleno século XXI, isso é inevitável de acontecer.
Na transcendência –
O mundo está regredindo.
Não há mais amor ao próximo, tudo está ficando mecânico.
As pessoas ao invés de evoluírem, estão adotando as ideias retrógradas de perseguição – De séculos passados – No único intuito de aniquilar e persuadir com falsas promessas.
Tudo é questão de tempo –
Para a sobrevivência e a morte!
A existência é uma luta árdua que travamos diariamente, tentando não sucumbir às mazelas daqueles que se julgam mais fortes, só porque em seus achismos, pensam que são superiores devido à conta bancária.
Pobres de nós –
Pobres mortais –
Moradores da periferia.
Vítimas de governos inescrupulosos, que sai ano e entra ano, independente de seus partidos, agindo de igual maneira para abarrotarem os bolsos e cofres.
Se quem na verdade, os que bancam, ficam a perecer –
Da violência –
A mercê!
A morrer a míngua –
Desfrutando de suas necessidades básicas – Violadas!
Sem relevância, o genocídio impondo força cruel –
Colocando rédeas e mordaças –
Fazendo calar de um jeito ou de outro.
A Terra é o Planeta dos livres, mas os humanos têm a péssima mania de querer forjar, tomar o poder para si, enquanto, este deveria ser compartilhado.
A vida deveria ter um dom de igualdade!
Entretanto, a mesquinharia se faz presente.
Não há o raciocínio... O pensamento de união.
É comum se dividirem em grupos, mancomunando interesses, protegendo os seus em interesses escusos.
E permanecemos assim –
Sem sabermos como será o dia de amanhã.
Na peleja –
Sem sabermos se sobreviveremos ou não à mais um dia dessa labuta.
Onde somos impedidos de ir e vir.
Se saímos –
Se chegaremos ao nosso destino –
Ou se ainda retornaremos para as nossas casas em segurança.
Os nossos dias são assim:
Uma caixinha de surpresas!
Mesclados de esperança e momentos de alívio –
Mas também com o da dor.
Talvez perecendo...
Desejando não encontrar uma ou mais balas perdidas pelo caminho.
Esta quando encontra um corpo desavisado, não deseja saber quem é –
Apenas dilacera com vidas –
De todos que estão ao seu redor –
Também de uma sociedade que somente deseja viver em paz!