A resignação e o pilar de fé

Eu pego o fardo.

Ele está na vida.

coloco sobre meus ombros e carrego.

Com temor inevitável pego. Com tímida coragem carrego.

É a minha cruz ou o castigo da minha natureza?

Se castigo, Deus! eu não escolhi.

Não escolhi me ferir e nem ferir o outro.

Esperando o bem e fazendo o melhor, eu vivi.

E contra a desvirtuada natureza eu lutei, orei e clamei.

Mesmo sendo o que nasci, eu reivindiquei o que pra mim não veio.

Ah como chorei! como bati os pezinhos dizendo: não não, eu não quero isso. Não quero ser assim.

O senhor sabe o quanto esperei misericórdia e redenção. E acreditei nisso. Mas o que veio, de dentro, foi a resignação. Com ela, de fora, as dores que a vida me trouxe em ondas. E que onda, hein!

Se minha cruz, Deus! me permites ter esperança?

Na cruz a redenção vem.

A dor contida ali, leva no fim um doce mel a boca.

A verdade revelada.

A transformação tão esperada.

Não mais eu, agora parte de Ti.

A dor que leva ao bem.

A morte que leva a vida.

A vida no pilar de fé.

Me faz viver, não mais sucumbir.

Não deixou de ser fado.

Não deixou de ter choro.

Porém, fica leve.

Edu Magalhaes
Enviado por Edu Magalhaes em 23/09/2021
Reeditado em 23/09/2021
Código do texto: T7349040
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