A ESPERANÇA É O QUE TEMOS (Mar, canção de Renato Russo e abraço do meu marido Jorge)
Luanda, 10 de Setembro de 2021.
Depois de uma longa conversa sobre poesia, prosa e literaturas. Também sobre esperança, porque havia dito que esperança é o que temos... Está desidratada, à luz de velas e tal... Mas é o que temos...
Renato concordou, embora tão somente com um aceno de cabeça... Jorge também concordou, abraçou-me e pegou as chaves do carro.
Então, eu, Jorge Rafael (meu marido) e Renato, fomos para a praia.
Era muito cedo, devia ser quase 5 da madrugada. Jorge quis mergulhar, foi. Sentei-me na areia, e Renato cantou uma canção:
Um mar é pouco
Um Oceano também,
porque água leva;
beira, beira chega,
vai-vem,
mas não sabe o que é que vem...
Depois de “muito saber” a poesia fica
um pouco assim, tipo sem lírica...
Você acha que depois a Tecnologia
ainda vai existir poesia?
Não sei... Você respondeu.
Só sei que olhar o mar me mareia...
O maré assim
se é de verdade,
se é de mentira
se é desenho de extraterrestre... é muito bem feito.
Eu sei que foi Deus que fez tudo,
então fez o ET também...
Você não acha?
Acordei.
✅Solineide Maria.