Carta de Amor - Uma Folha de Porcelana
Eu pensei que teria muitos quilômetros de amor...
As estradas foram curtas entre nós o céu decidiu, talvez o nosso amor seja celebrado na eternidade.
As flores florescem sempre, o vento pausa meu sentido da realidade, as horas passam e quando voltam nascem com outros ventos em movimentos. Hoje sigo como as águas do rio olhando os dias e as noites nascerem e renascerem nas impressões da minha escrita.
Pensei que nossa estória seria repleta de anos... Eu imaginei que a lua contaria muitas estórias do nosso amor... Sonhei que chegaríamos comemorar as bodas de prata, de ouro e até diamante, sonhei... Um rumo tão curto na nossa estória, quebrou- se tudo como uma folha de porcelana, suspensa em um perfume de mirra. Eu mantenho vivo nossos olhares nas nuvens do céu, a nossa estória encontra a paz na inocência dos sentimentos vividos na terna primavera.
O meu mundo girou entre as alamedas de azaléas do passado e do presente, a dualidade deste relógio só permitiu o canto solitário das paragens da vida, a opção refletida e consciente como uma promessa pintada em folhas poéticas debulhando uma a uma formando as pétalas da minha estrada.
O passado se converteu em muitas folhas de poemas, o presente deixou as lágrimas nos rios seguindo o curso normal da vida, o futuro se tornou um espelho amplamente analisado no presente antes de qualquer passo para seguir cada caminho apresentado.
No agora já não conto as linhas da poesia elas contam para minha alma a verdade do Amor sem ilusões, mas pleno no canto dos rouxinóis e nos quilômetros das linhas das folhas onde a vida se fez pulsar no papel.
No final concluo nossos sentires ainda pulsam com a aurora despontando ou o crepúsculo chegando mostrando que na luz somos parte do caminho Maior... O Amor.