CARTA ABERTA
É pouco o que digo e muito que falo
É o tal do silêncio falso que me regenera.
É um pedaço do inverso da humildade,
Num corpo que sem alma, persevera.
Meu eu católico, meu eu protestante.
Um pouco de protesto serve, se bem que, né?
Que serventia tem protestar e protestar...(?)
Se nenhum rumo eu sequer escolhi tomar...(?)
Pelo que protestar sem uma causa verdadeira,
Só para dar causa ganha e pronto, por isto?
São tantas as causas ganhas sem causalidade,
E se vê tanta gente por aí falar de honestidade...
Eu sou o primeiro sujo e vil que se tem no ambiente,
Passei tanto tempo achando que enganava tanta gente...
Pobre coitado, inocente... Nem sequer mentindo é coerente,
Quem dirá falando verdades, como qualquer indigente,
Que se afoga no medo e na miséria, pura matéria...
E bem que escrevo um cadinho para animar a tarde...
E que tarde, pois é noite, mas achei melhor escrever assim.
Graças ao modernismo eu posso escrever, ser,
O que, quem, eu quiser, até essa rima, cortar...
E graças a Deus estou aqui, em mais um domingo...
Sábado... Me desculpem, força do hábito... hihihi
Escrevendo como se fosse uma carta aberta,
E é... Eu acho... Que se dane, não sei de mais nada,
Não me importa nem um tanto, uma bocada...
Sim, uma bocada...
Que este sea, talvez, não sei, o fim.
Poe...t...ta Tri...s...t...e