Lua de sangue
Ninguém sabe o que eu vi
E o que eu já vivi
Mas nada disso persiste tanto quanto
a tua presença.
Ninguém sabe o que eu sofri
Nem o que eu já percorri
E o quanto eu já andei...
Mas nada disso se compara a força que a visão
do nosso reencontro
tem em minha alma.
Quando a lua sangrou pela primeira vez
Eu fui tocada por essa imagem
e desde lá ela me seguiu onde quer que eu fosse.
Tentei fugir, tentei correr e tentei mentir
Tentei lutar contra e desistir, esquecer
e muitas vezes a considerei maldição.
Pois é só eu relaxar
para ela tornar a me tocar
e me fazer.... desejar.
Eu já andei pelo mundo atrás desse par de olhos
atravessei invernos e infernos
experimentei tudo, menos amor.
Agora... estou cansada.
Mas nem mesmo enterrá-la eu sou capaz.
Eu já disse isso para mim outras vezes, e não estou segura de conseguir dessa vez
mas dessa vez parece tão mais forte...
Esse cansaço...
faz minhas pernas...
estagnarem...
Eu não irei mais correr para te encontrar
nem fugir do destino
eu desisto de tudo e me rendo ao cansaço
apenas permanecerei aqui
e quem sabe você me encontre
ou alguma coisa aconteça.