As vezes
As vezes nos perdemos nos cômodos minúsculos da nossa própria casa,
As vezes nem percebemos que nos perdemos...
Sem perceber caminhamos naquela mesma viela,
Mas por incrível que pareça, ela não tem mais aquela mesma vivacidade.
Fomos soterrados pela deselegante autossuficiência,
Mas o orgulho bate à porta; deixamos aqueles velhos papos
Que nos faziam tão bem, é verdade!!!!!!!
Eles nem nos acrescentavam muitas coisas, mas desacelerava o coração taquicardíaco,
E sinceramente isso me fazia um bem danado.
Sei que ainda se encontra no mesmo lugar,
Sua cadeira às vezes enfeita abeira da mesma calçada,
Mas o medo ou orgulho, ou algum sentimento obscuro paralisa-me e sempre perco o alvo.
Sabe, a vida tem me cobrado muito,
Acredito que por isso minha forma de ver tudo e todos tem mudado...
Não sei se pra melhor, haja vista que toda mudança no mundo dos iguais é plausível,
Porém a realidade é que o cansaço tem chegado...
Até os meus poemas sempre param no caminho...