De onde provêm teu contentamento?
Tu me perguntas de onde provêm essa minha constante serenidade e contentamento.
Queres saber se essa minha conquista provêm de um histórico de uma vida casta e justa.
Bem poderia ser essa a origem, pois ninguém dúvida que o plantio de uma vida virtuosa desabrocha em um contentamento sereno.
Mas para manter a sinceridade de nossas cartas, confesso-te que para mim não foi assim, pois que cometi toda espécie de erro e desregramento nesta jornada, aprendendo mais pela dor do que pelo amor.
Assim, esta minha serenidade e contentamento, que embora real não é do tamanho que tu pensas, provêm, no meu caso, não de uma vida pregressa reta, mas de um laborioso recolhimento de aprendizados convertidos em ações coerentes e redentoras, pautadas só agora no amor.
Além disso, minha serenidade também se alimenta de uma certa contemplação genuína de meus erros. Há um sentimento de apreço que surge na constatação desse benevolente processo evolutivo, mas que é muito difícil de explicar.
Como muitos, também andei atribulado e insatisfeito, marcando passos sobre erros e mais erros em busca do benefício egocêntrico do prazer e da fuga da dor a qualquer preço.
Mas o filósofo Sêneca adverte: Não há homem a quem uma boa mente venha antes de uma maligna. É a mente má que primeiro domina a todos nós. Aprender virtude significa desaprender o vício."
Assim, um dia, entre altos e baixos iniciei o processo de compreensão sobre as leis da vida, refreando o plantio maldito que me aprisionava e colhendo com boa resignação o meu aprendizado.
E para que não saias desta carta com uma estranha sensação de que foste desviado de tua pergunta, ressalto que a vida serena e contente provém nem sempre de um passado casto e justo próprio de raras biografias, mas certamente de um presente casto e justo, próprio de quem, mesmo ainda sujo de lama, se curva ao divino em si e vive finalmente de maneira coerente com as leis da natureza, após recolher e apreciar cada aprendizado benevolente dessa grande aventura espiritual na matéria.
Queres saber se essa minha conquista provêm de um histórico de uma vida casta e justa.
Bem poderia ser essa a origem, pois ninguém dúvida que o plantio de uma vida virtuosa desabrocha em um contentamento sereno.
Mas para manter a sinceridade de nossas cartas, confesso-te que para mim não foi assim, pois que cometi toda espécie de erro e desregramento nesta jornada, aprendendo mais pela dor do que pelo amor.
Assim, esta minha serenidade e contentamento, que embora real não é do tamanho que tu pensas, provêm, no meu caso, não de uma vida pregressa reta, mas de um laborioso recolhimento de aprendizados convertidos em ações coerentes e redentoras, pautadas só agora no amor.
Além disso, minha serenidade também se alimenta de uma certa contemplação genuína de meus erros. Há um sentimento de apreço que surge na constatação desse benevolente processo evolutivo, mas que é muito difícil de explicar.
Como muitos, também andei atribulado e insatisfeito, marcando passos sobre erros e mais erros em busca do benefício egocêntrico do prazer e da fuga da dor a qualquer preço.
Mas o filósofo Sêneca adverte: Não há homem a quem uma boa mente venha antes de uma maligna. É a mente má que primeiro domina a todos nós. Aprender virtude significa desaprender o vício."
Assim, um dia, entre altos e baixos iniciei o processo de compreensão sobre as leis da vida, refreando o plantio maldito que me aprisionava e colhendo com boa resignação o meu aprendizado.
E para que não saias desta carta com uma estranha sensação de que foste desviado de tua pergunta, ressalto que a vida serena e contente provém nem sempre de um passado casto e justo próprio de raras biografias, mas certamente de um presente casto e justo, próprio de quem, mesmo ainda sujo de lama, se curva ao divino em si e vive finalmente de maneira coerente com as leis da natureza, após recolher e apreciar cada aprendizado benevolente dessa grande aventura espiritual na matéria.