É dor?É saudade?

É saudade? É dor?

Eu sinto; ontem, hoje, todos os dias. Desde o momento em que fiquei só. O meu ser se perde na dor insâna, a minha alma se perde na lembrança, meu coração bate mais forte sempre que a memória vive do tempo que passamos juntos, a família que fomos, quando encontrava teus braços sempre que chegava, pois quando partia nunca havia a certeza se regressaria. Olho e não vejo ninguém. Apenas paredes e a casa vazia. Eu não trocaria por nada que tenha agora, por aquela casinha no meio de nada, mas cheia de tudo. Olho e nada vejo. Tento encontrar o sorriso dos teus olhos, apenas sinto como se chuva fosse as lágrimas que caem dos meus. Como gotas de chuva caindo do céu. Parece que o céu chora a minha dor, chora comigo a saudade da perda, mais parecendo a escuridão que se abate na alma aonde as estrelas se não vêm na escuridão da noite. Não oiço mais a tua voz quando me dizias, amanhã é outro dia, mas nós sabíamos que o outro dia poderia ser apenas uma quimera se desvanecendo. Mas nós sempre acreditamos e sempre, sempre houve outro dia até aquele outro dia que não houve mais o dia seguinte. Para mim o amanhã é sempre mais confuso que o que sinto hoje. Tento descobrir porque o destino foi tão injusto para comigo, sei que estou aqui, mas este aqui é um lugar como outro qualquer, sem sentido e sem razão, mas eu sei que um dia eu te vou encontrar, e, nesse dia não haverá mais a dor e a saudade, nesse dia voltaremos a ser felizes!

Quo Vadis
Enviado por Quo Vadis em 16/06/2021
Reeditado em 17/06/2021
Código do texto: T7280237
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