A Banda de Música e o Patriarcado Educador - Acertando Passos – Cartas ao Tempo – Narrativas, Pessoal e Familiar - Crônicas
Minha mãe em seus delírios neuróticos queria que um de seus filhos fossem militar para “tocar na Banda do Batalhão”. Ela fez de tudo e pagava todos cursos para ver eu realizar seu delírio. Talvez, dizia ela, eu ser o filho que mais lembrava seu pai, o Velão. E eu aproveitava os cursos para aprender porque, por pirraça talvez, eu sabia que não queria ser. Eu queria ser professor. Por teima e opinião. E isto sempre foi uma questão mal resolvida com ela. Quando eu comecei a fazer História ela foi categórica: - Você não foi ser militar! Agora, então, eu vou pagar curso para o seu irmão ser engenheiro!
Em conversas virtuais com minha prima encontro respostas para aquelas neuroses pessoais. Pois vi que um parente ao abandonar o curso de medicina foi deserdado. Era aquela geração que achava que os filhos existiam para realizar propósitos frustrados dos pais.
Encontrei respostas também para o desejo de minha mãe de que alguém de sua prole fosse militar. A troca de mensagens, a partir de uma foto do álbum de minha avó, foi assim com minha prima:
- Segundo minha mãe a família representada na foto ela acha que são irmãos da D. Augusta, tua bisavó. Será?
“Pode ser mas não sei mesmo quem são. Mas a família era grande.”(Sic.)
Em conversas anteriores ela havia dito que sua mãe, esposa de meu primo e também prima dele e minha, aprendera todo trabalho doméstico com o pai.
Aí ela seguiu o relato onde eu omito os nomes citados para evitar constrangimentos.
“O que ensinou a mãe fazer as coisas foi o A. A.l pai dela. O Q. era casado com as Tia G., irmã da minha avó. O tio Q. era maestro da famosa banda de música de Santa Bárbara. Os filhos dele tocavam e tem até um neto na bando do Batalhão. Essa tia G. tinha 18 filhos. Ela e uma outra irmã tinham 18 cada uma. Mas essa foto não é deles não pois eu os conheci.”(Sic.)
Ela seguiu relatando dados de mulheres parturientes e seus resguardos à moda mineira. O costume era a famosa sopa de galinha gorda que escaldava a farinha de milho tomada em tigela de estimação. Eram sete dias trancada no quarto onde se vedava todas as gretas de portas e janela. Seguiam-se Trinta e três dias de resguardo total.
Aí estava então a resposta para os delírios de D. Fia, a Fia do Velão, em querer me fazer militar e desejar que um de seus filhos tocasse na banda.
Eu sou completamente arrítmico por rebeldia, talvez... talvez.
Fui ser professor em uma escola militar onde o jaleco guarda-pó era uma espécie de uniforme. E quem fez o tal foi minha irmã e minha mãe. Quando ela me entregou ela fez questão de dizer:
- Toma teu guarda-pó! Não quis vestir uniforme, mas trabalha no meio dos militares e tem que usar esta peça. Ninguém foge do destino traçado por uma mãe!
A neurose dela estava explícita! E eu escrevo como catarse para me livrar de minhas “nevroses”.
Não acredito em destino, deixo claro. Tudo que nos acomete vem da soma de nosso consciente e incosciênte.
Viva as Ciências! Abaixo as truculências ! O futuro de uma nação se faz pela EDUCAÇÃO.
Minha mãe em seus delírios neuróticos queria que um de seus filhos fossem militar para “tocar na Banda do Batalhão”. Ela fez de tudo e pagava todos cursos para ver eu realizar seu delírio. Talvez, dizia ela, eu ser o filho que mais lembrava seu pai, o Velão. E eu aproveitava os cursos para aprender porque, por pirraça talvez, eu sabia que não queria ser. Eu queria ser professor. Por teima e opinião. E isto sempre foi uma questão mal resolvida com ela. Quando eu comecei a fazer História ela foi categórica: - Você não foi ser militar! Agora, então, eu vou pagar curso para o seu irmão ser engenheiro!
Em conversas virtuais com minha prima encontro respostas para aquelas neuroses pessoais. Pois vi que um parente ao abandonar o curso de medicina foi deserdado. Era aquela geração que achava que os filhos existiam para realizar propósitos frustrados dos pais.
Encontrei respostas também para o desejo de minha mãe de que alguém de sua prole fosse militar. A troca de mensagens, a partir de uma foto do álbum de minha avó, foi assim com minha prima:
- Segundo minha mãe a família representada na foto ela acha que são irmãos da D. Augusta, tua bisavó. Será?
“Pode ser mas não sei mesmo quem são. Mas a família era grande.”(Sic.)
Em conversas anteriores ela havia dito que sua mãe, esposa de meu primo e também prima dele e minha, aprendera todo trabalho doméstico com o pai.
Aí ela seguiu o relato onde eu omito os nomes citados para evitar constrangimentos.
“O que ensinou a mãe fazer as coisas foi o A. A.l pai dela. O Q. era casado com as Tia G., irmã da minha avó. O tio Q. era maestro da famosa banda de música de Santa Bárbara. Os filhos dele tocavam e tem até um neto na bando do Batalhão. Essa tia G. tinha 18 filhos. Ela e uma outra irmã tinham 18 cada uma. Mas essa foto não é deles não pois eu os conheci.”(Sic.)
Ela seguiu relatando dados de mulheres parturientes e seus resguardos à moda mineira. O costume era a famosa sopa de galinha gorda que escaldava a farinha de milho tomada em tigela de estimação. Eram sete dias trancada no quarto onde se vedava todas as gretas de portas e janela. Seguiam-se Trinta e três dias de resguardo total.
Aí estava então a resposta para os delírios de D. Fia, a Fia do Velão, em querer me fazer militar e desejar que um de seus filhos tocasse na banda.
Eu sou completamente arrítmico por rebeldia, talvez... talvez.
Fui ser professor em uma escola militar onde o jaleco guarda-pó era uma espécie de uniforme. E quem fez o tal foi minha irmã e minha mãe. Quando ela me entregou ela fez questão de dizer:
- Toma teu guarda-pó! Não quis vestir uniforme, mas trabalha no meio dos militares e tem que usar esta peça. Ninguém foge do destino traçado por uma mãe!
A neurose dela estava explícita! E eu escrevo como catarse para me livrar de minhas “nevroses”.
Não acredito em destino, deixo claro. Tudo que nos acomete vem da soma de nosso consciente e incosciênte.
Viva as Ciências! Abaixo as truculências ! O futuro de uma nação se faz pela EDUCAÇÃO.
Leonardo Lisbôa
Barbacena 21/05/2020
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de 19 de Fevereiro de 1998.
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