Perder uma mãe

É como se uma luz que sempre foi acesa de repente apagasse. Um brilho no olho que muda, um segundo que você sorri mas um segundo que você sente muito. Dói pra lembrar, fere quando não se quer fazer doer. É uma inundação de cachoeira com força de um percurso difícil. São fagulhas de exaustão, de estabilidades e de palavras que não explicam.

É um sopro forte, um vento que derruba, uma foto que te gatilha. Num dia vão te perguntar e você vai vestir camadas de proteção. Vai afirmar que tá tudo bem, ou vai afirmar que dói, que sofre mas isso não muda, não melhora e não diminui. É uma parte nossa que se desmorona, não passa mas ameniza.

É como se antes do soco a gente se defendesse da dor mas uma hora te derrubam, porque o segundo é rápido. E nossos sentimentos efêmeros e frágeis como a vida. São vidros embaixo dos pés que você caminha e a expressão não muda pra não dizer que machuca.

Embora o eterno não seja pra sempre e o pra sempre, acabe, não são os dias que te devolvem o sorriso. As pessoas que por perto ficam que nos devolvem a essência da nossa vida, as amizades, familiares e pessoas que fazem o bem. O bem que nos é oferecido nos da esperança de sentir-se vivo e aceitar que algo se parta sem partir-nos em pedaços emocionante frágeis.

Mayana
Enviado por Mayana em 16/05/2021
Código do texto: T7256908
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