A CARTA DA HUMILHAÇÃO.
Hoje eu levantei novamente diante da vida, que impacta céus e terras, e na função de jornalista, resolvi entrevistar a HUMILHAÇÃO, marcamos hora e lugar para o feito, não foi tão difícil, eu tinha seu whatsapp.
A dama veio de negro cumprir a pauta comigo, trazia em suas mãos uma lanterna para iluminar meu rosto, dizia ela estar quase privada da visão. Seu contato on-line, advinha de seu irmão que lhe emprestou um aparelho com terceiras intenções...talvez ficar famosão...
O momento era solene, seu nome já respondia a primeira indagação, sua etimologia já respondia de antemão, que aquela senhora estava no chão. Seus olhos estavam úmidos, suas mãos enrugadas e manchadas...denunciavam as marcas dos séculos. Séculos de humilhação.
Seu véu encardido afastado pelo vento, mostrou-me sua boca triste, sem sombra de qualquer sorriso. O segundo questionamento trouxe à luz o tema da justiça, foi quando HUMILHAÇÃO gargalhou. Antes de dizer: Crucifica-a! e passando do êxtase ao pranto, ela levanta chorosa, caminha até a porta, e antes de se despedir, me fita com indiferença e sofreguidão.
Levanta sua veste até a cintura, e de dentro de um alforje, retira uma bíblia e de lá pinça um versículo: OS HUMILHADOS SERÃO EXALTADOS.
Ela acorre a mim, me abraça, e me faz um só pedido: Escreve uma carta ao mundo, como se fosse eu, te autorizo, sem receio, creio em tua ética. Conta a humanidade; que hoje me entrevistou...e detalha o que viu em minha morfologia
Ressalta que sou "mulher", "velha", "triste" e "sombria"; e que carrego nos ombros a injustiça do mundo; e que nunca vi a cara da exaltação...
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Hoje eu levantei novamente diante da vida, que impacta céus e terras, e na função de jornalista, resolvi entrevistar a HUMILHAÇÃO, marcamos hora e lugar para o feito, não foi tão difícil, eu tinha seu whatsapp.
A dama veio de negro cumprir a pauta comigo, trazia em suas mãos uma lanterna para iluminar meu rosto, dizia ela estar quase privada da visão. Seu contato on-line, advinha de seu irmão que lhe emprestou um aparelho com terceiras intenções...talvez ficar famosão...
O momento era solene, seu nome já respondia a primeira indagação, sua etimologia já respondia de antemão, que aquela senhora estava no chão. Seus olhos estavam úmidos, suas mãos enrugadas e manchadas...denunciavam as marcas dos séculos. Séculos de humilhação.
Seu véu encardido afastado pelo vento, mostrou-me sua boca triste, sem sombra de qualquer sorriso. O segundo questionamento trouxe à luz o tema da justiça, foi quando HUMILHAÇÃO gargalhou. Antes de dizer: Crucifica-a! e passando do êxtase ao pranto, ela levanta chorosa, caminha até a porta, e antes de se despedir, me fita com indiferença e sofreguidão.
Levanta sua veste até a cintura, e de dentro de um alforje, retira uma bíblia e de lá pinça um versículo: OS HUMILHADOS SERÃO EXALTADOS.
Ela acorre a mim, me abraça, e me faz um só pedido: Escreve uma carta ao mundo, como se fosse eu, te autorizo, sem receio, creio em tua ética. Conta a humanidade; que hoje me entrevistou...e detalha o que viu em minha morfologia
Ressalta que sou "mulher", "velha", "triste" e "sombria"; e que carrego nos ombros a injustiça do mundo; e que nunca vi a cara da exaltação...
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