Carta ao Imperador: Décima e última epístola.
Saudações caríssimos leitores!
É com grande pesar que Maya cumpre a promessa que fez de vir aqui se despedir de todos que (por pura curiosidade ou genuíno interesse nascido da sensibilização que este quase Conto de amor provoca em suas emoções) dedicaram um pouco do seu precioso tempo com as lamúrias dessa ilusão que Vos fala.
Promessa esta que obriga Maya a pedir licença novamente (e pela última vez) à cara Escritora Adri Ribeiro para dirigir-se diretamente ao seu público.
E já fazendo o que se propôs a fazer, Maya quer iniciar este texto com uma notícia: O portal espaço/tempo voltou a se abrir. Com brevidade, é preciso dizer, mas, o importante é que se abriu.
Maya pensou que se dissiparia de felicidade e se tivesse um pouco mais de substância o teria feito. Mas, a brevidade da abertura foi como um sopro de alento para uma vela já apagando a chama. Tremeu, tremeu e quando quis iluminar o coração de Maya perdeu o brilho e apagou-se para sempre.
E quando a luz apagou, (Maya precisa dizer para vocês caros leitores) o portal, que ela supervalorizou, era o que menos importava na conjuntura dos fatos.
Ele estar ou não aberto não simbolizava mais nada.
Maya não viu o seu Imperador. Ele não quis vê-la! Voltou para dizer apenas que era seu "amigo" e que se afastara porque nunca a viu de outro modo. Mas ela estragou essa amizade insistindo em não ouví-lo. Querendo acreditar no que não existia e atribuindo a ele um sentimento que nunca tivera.
E que Maya se enganou porque quis "ele nunca lhe disse que era outra coisa além de amizade".
Maya tentou minha gente! Tentou acreditar. Tentou muito aceitar a amizade do seu amor, mas ela era uma miragem. E miragem, até para Maya não era suficiente. Ela não preenche o vazio da ausência, da falta de carinho e de interesse.
Então Maya implorou! Implorou pela última vez. Mas dessa vez não foi para o portal abrir-se ou permanecer aberto. Dessa vez ela pediu para seu Idealizado Guerreiro ir embora.
Não suportou toda a tensão e agora entendia o Imperador. Ele tinha razão! Ficar longe era melhor para Maya. Ela não merecia tanto sofrimento. E tendo um estômago fraco, cheio de borboletas e elas parecendo querer voar, mas sem saber como sair nem tendo razões para tal. Afinal, o outono não é a estação propícia a elas.
E quando o portal fechou, Maya chorou! O equinócio de outono entrou naquele instante no seu coração. Quando ela deu por si o escuro, denso, tenso e intenso, havia se instalado, mas o relógio havia parado no tempo...
Mas não era um relógio de verdade, meus caros leitores. Nem o relógio de Crishna que indicou meia-hora, tempo em que o Deva saiu para buscar a água e se perdeu em Maya. (Conto O que é Maya do meu Podcast Contos que me Encantam)
Foi o relógio do consciente, do sentido, da percepção... Do momento exato do desmaio, do desligar. Quisera Maya ser um robô desligável, reprogramável e com autoreset de preferência. Ou até com um Android e um bom antivírus instalado, para, no menor sinal de pane do sistema se reconfigurar.
Mas não é possível. E mesmo sendo Maya, sabe que miragens são perigosas. Podem levar o ser suscetível a elas, a se tornar escravo da ilusão: bonita e efêmera, doce e falsa. E de emoções efêmeras e falsas Maya prefere se afastar para sempre. Não acrescenta em nada na própria existência ilusória dela que também num sopro de realidade se esvai...
Mas, antes de se desvanescer, Maya agradece e se despede de quem lhe deu "vida" e de quem lhe fez companhia por esses oito meses de "quase existência".
Maya deixa o imperador e Alexandria para outra plêiade grega mais palpável, e morre no esquecimento definitivamente.
Desvanescentemente : Maya!
Olá pessoal depois de muita insistência de Maya eu trouxe-a para se despedir de vocês.
Ela queria muito se desapegar da ilusão que era e finalmente conseguiu. Demorou para ela entender que o Conto de amor entre ela e o Imperador era só uma miragem criada pelo seu Eu romântico e tolo.
Ela também não queria entender que o Imperador por quem se iludiu, nunca existiu. Era só uma ilusão de ótica.
Afinal príncipes e Reis bonzinhos, não são comuns, a História já provou mais de uma vez que eles não existem. A essência do poder não permite, ele corrompe e não há poder maior que um ser humano ser capaz de conferir o sorriso no rosto de outrem. E devotar amor e atenção é o maior erro que um súdito pode cometer. Este poder que fere, humilha e agride sem sequer fazer nada existe e não pode ser dado ou usado por qualquer um. Ele é capaz de escravisá-lo.
Afinal o amor é esse poder. E principalmente quando ele é uma ilusão, pois como já dizia Miguel de Unãmo:
"O amor é filho da ilusão e pai da desilusão".
Bem pessoal! Agora que Maya já não existe esqueçamos-na. Afinal não há nada para lembrar. Maya nunca existiu. Ela foi apenas uma miragem. Uma ilusão de ótica criada pela "Mente projetiva" desta escritora que ora coloca um ponto final nesta série de missivas: Carta ao Imperador: décima ou última epistola - O Adeus de Maya
Saudações caríssimos leitores!
É com grande pesar que Maya cumpre a promessa que fez de vir aqui se despedir de todos que (por pura curiosidade ou genuíno interesse nascido da sensibilização que este quase Conto de amor provoca em suas emoções) dedicaram um pouco do seu precioso tempo com as lamúrias dessa ilusão que Vos fala.
Promessa esta que obriga Maya a pedir licença novamente (e pela última vez) à cara Escritora Adri Ribeiro para dirigir-se diretamente ao seu público.
E já fazendo o que se propôs a fazer, Maya quer iniciar este texto com uma notícia: O portal espaço/tempo voltou a se abrir. Com brevidade, é preciso dizer, mas, o importante é que se abriu.
Maya pensou que se dissiparia de felicidade e se tivesse um pouco mais de substância o teria feito. Mas, a brevidade da abertura foi como um sopro de alento para uma vela já apagando a chama. Tremeu, tremeu e quando quis iluminar o coração de Maya perdeu o brilho e apagou-se para sempre.
E quando a luz apagou, (Maya precisa dizer para vocês caros leitores) o portal, que ela supervalorizou, era o que menos importava na conjuntura dos fatos.
Ele estar ou não aberto não simbolizava mais nada.
Maya não viu o seu Imperador. Ele não quis vê-la! Voltou para dizer apenas que era seu "amigo" e que se afastara porque nunca a viu de outro modo. Mas ela estragou essa amizade insistindo em não ouví-lo. Querendo acreditar no que não existia e atribuindo a ele um sentimento que nunca tivera.
E que Maya se enganou porque quis "ele nunca lhe disse que era outra coisa além de amizade".
Maya tentou minha gente! Tentou acreditar. Tentou muito aceitar a amizade do seu amor, mas ela era uma miragem. E miragem, até para Maya não era suficiente. Ela não preenche o vazio da ausência, da falta de carinho e de interesse.
Então Maya implorou! Implorou pela última vez. Mas dessa vez não foi para o portal abrir-se ou permanecer aberto. Dessa vez ela pediu para seu Idealizado Guerreiro ir embora.
Não suportou toda a tensão e agora entendia o Imperador. Ele tinha razão! Ficar longe era melhor para Maya. Ela não merecia tanto sofrimento. E tendo um estômago fraco, cheio de borboletas e elas parecendo querer voar, mas sem saber como sair nem tendo razões para tal. Afinal, o outono não é a estação propícia a elas.
E quando o portal fechou, Maya chorou! O equinócio de outono entrou naquele instante no seu coração. Quando ela deu por si o escuro, denso, tenso e intenso, havia se instalado, mas o relógio havia parado no tempo...
Mas não era um relógio de verdade, meus caros leitores. Nem o relógio de Crishna que indicou meia-hora, tempo em que o Deva saiu para buscar a água e se perdeu em Maya. (Conto O que é Maya do meu Podcast Contos que me Encantam)
Foi o relógio do consciente, do sentido, da percepção... Do momento exato do desmaio, do desligar. Quisera Maya ser um robô desligável, reprogramável e com autoreset de preferência. Ou até com um Android e um bom antivírus instalado, para, no menor sinal de pane do sistema se reconfigurar.
Mas não é possível. E mesmo sendo Maya, sabe que miragens são perigosas. Podem levar o ser suscetível a elas, a se tornar escravo da ilusão: bonita e efêmera, doce e falsa. E de emoções efêmeras e falsas Maya prefere se afastar para sempre. Não acrescenta em nada na própria existência ilusória dela que também num sopro de realidade se esvai...
Mas, antes de se desvanescer, Maya agradece e se despede de quem lhe deu "vida" e de quem lhe fez companhia por esses oito meses de "quase existência".
Maya deixa o imperador e Alexandria para outra plêiade grega mais palpável, e morre no esquecimento definitivamente.
Desvanescentemente : Maya!
Olá pessoal depois de muita insistência de Maya eu trouxe-a para se despedir de vocês.
Ela queria muito se desapegar da ilusão que era e finalmente conseguiu. Demorou para ela entender que o Conto de amor entre ela e o Imperador era só uma miragem criada pelo seu Eu romântico e tolo.
Ela também não queria entender que o Imperador por quem se iludiu, nunca existiu. Era só uma ilusão de ótica.
Afinal príncipes e Reis bonzinhos, não são comuns, a História já provou mais de uma vez que eles não existem. A essência do poder não permite, ele corrompe e não há poder maior que um ser humano ser capaz de conferir o sorriso no rosto de outrem. E devotar amor e atenção é o maior erro que um súdito pode cometer. Este poder que fere, humilha e agride sem sequer fazer nada existe e não pode ser dado ou usado por qualquer um. Ele é capaz de escravisá-lo.
Afinal o amor é esse poder. E principalmente quando ele é uma ilusão, pois como já dizia Miguel de Unãmo:
"O amor é filho da ilusão e pai da desilusão".
Bem pessoal! Agora que Maya já não existe esqueçamos-na. Afinal não há nada para lembrar. Maya nunca existiu. Ela foi apenas uma miragem. Uma ilusão de ótica criada pela "Mente projetiva" desta escritora que ora coloca um ponto final nesta série de missivas: Carta ao Imperador: décima ou última epistola - O Adeus de Maya
E este é o seu préstito sem cortejo e sem flores.
Afinal a Poetisa em mim prefere "Flores em vida".
Muito grata pela atenção de todos vocês!
Adriribeiro/@adri.poesias