O MUNDO PRECISA DE DESCANSO, E HÁ UM CONVITE PARA DESCANSAR
O mundo - e nós somos parte integrante dele - precisa de descanso, mas de um descanso...
Vivemos em um mundo totalmente caótico. Vivemos num mundo que faz ode à produtividade exagerada. Nos é cobrado no trabalho, na escola, em casa. Faça. Faça. Faça. Não importa como, não importa onde, apenas faça.
O resultado disso é uma autocobrança tão grande que acabamos ficando perdidos, sem saber para onde ir, o que fazer, ou mesmo a quem recorrer.
O maior problema gerado por isso, em meu ponto de vista: Fazemos parte de uma geração doente. Nosso próprio culto à produtividade é um ato doente. Ninguém é feliz fazendo alguma coisa o tempo todo, ainda mais fazendo algo que não gosta - o que é realidade na maior parte da vida das pessoas.
Entenda, não estou dizendo que ser produtivo ou que a produtividade em si é algo ruim. Não. Apenas falo sobre nossa paixão desmedida em nos sentirmos produtivos.
Toda essa carga gera-nos um sobrepeso. A sensação, o sentimento de se estar perdido nos domina. “Tenho que fazer”, dizemos. Mas fazer exatamente o quê?
Com tantas direções para ir-se, com tantas coisas a fazer-se; ironicamente nossos dias pregam-nos uma peça em nossas vidas:
Não sabemos para onde ir, muito menos o que fazer. Daí a consciência de se estar perdido. Daí a sensação claustrofóbica de não poder se mover. Pior que isso, a sensação de poder se mover mas não saber para onde se mover.
Todo esse cansaço não nos afeta somente física, emocional e psicologicamente, o que mais é afetado com tudo isso, o objeto central de toda essa sobrecarga, reside em nós. Esse jugo pesado, massacrante, chega a certo ponto de levar alguém a um dia declarar: "Senhor, eu não entendo o que está acontecendo comigo! Quando há de vir o refrigério?"
Essa declaração não retrata somente o grito de um corpo desesperado, mas de um alma desolada. Retrata o grito da alma dos nossos tempos. De nossa geração doente. Retrata o grito de nossa alma!
Ah, pobre alma!
Confusa. Perdida. Solitária. Cansada alma.
Eis, então, a questão. Por vezes - e mais frequentemente do que imaginamos - a resposta está no descanso.
Quando decidimos parar e espairecer a mente. Quando decidimos diminuir os passos e andar mais devagar. Quando olhamos a paisagem que está ali desde sempre. Quando conversamos conosco. Nesse momento, conseguimos descansar. Nesse momento, há uma saída.
Alguém nos fez um convite para o descanso. Seu convite é simples, mas igualmente poderoso. Ele diz:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
Pare, reflita e descanse. Ainda mais: aceite o convite daquEle que te chama, pois Seu jugo é suave e Seu fardo, leve. NEle, sua alma terá repouso; nEle, você experimentará de um descanso que jamais desfrutara antes.