Há saída
De: mim
Para: mim
Todo mundo tem seus dias de guerra...
Sejam elas corriqueiras
Sejam elas amorosas
Sejam elas internas
A euforia, depois de algum acontecimento positivo, oferece mil sonhos futuros e pensamentos que tudo dará certo a partir daquele momento;
Porém, a felicidade ilusória e fictícia não simplesmente some; Ao não acontecer o previsto, quem toma seu lugar é a dor real.
E é ela - a dor real -
a causadora de mortes internas ;
A vilanesca senhora das guerras mentais.
Matei-me em dias ensolarados;
Matei-me nos dias em que o céu estava azul e o mar também...
Matei-me em guerras internas,
enforquei-me;
esfaqueei-me;
sangrei;
E assim como Belchior eu morri; Ano passado...
morri em dias passados; já não morro.
Meu telefone marca 11:04h e com 16% de vida útil tento escrever sobre euforia e felicidade ilusória no mesmo contexto.
Estou me achando;
submerso nas profundezas de minhas angústias, nado, arremesso-me de encontro a saída, há saída.
A bateria viciada em vida informa agora 5% e luto para manter a lanterna acessa, como um farol a guiar-me para fora de um mundaréu de angústias; - há saída, diz uma voz ao fundo. Há saída repito; há saída me digo.
0%
O farol dissipou-se;