Carta platônica
Sob a luz do sol
Escrevo esses versos para você
Como um costume meu de falar,
Sinceramente declaro a minha timidez
Há um copo de água do meu lado
E torço pra que não seja a "última carta"
Embora eu saiba que não há retorno
Talvez eu seja uma poetisa boba
Mas não há nada que eu possa fazer
Os versos vem e eu os faço nascer
Eu queria um dia lhe chamar de meu amor
Dizer que os versos que escrevo
São todos sobre você
Mas tenho medo de sofrer
E um dia poderá o ser último
Pois a vida é uma vela acesa
E a minha tulipa anseia em brotar na terra
Aquele livro de amor
Ainda está na minha gaveta
Eu o leio todos os dias
E temo nunca ser lido
Mas não importa quanto tempo for
As batidas do meu coração está lá,
Nesses versos eu confesso
Que eu amei um rouxinol
Vi abrir as suas asas e voar
Do norte para as outras direções
Ouvi o seu canto mesmo de longe
E isso me doeu o coração...
Deves achar que sou uma louca
Ou talvez você nunca receba essa minha carta
E nunca saibas o que eu sinto
Talvez essa carta seja perdida
E quando ler algum verso meu
Neste pedaço da terra eu não mais estar
Mas que eu mereça um honrado lugar
Uma cadeira pra minh'alma sentar
Dentro do seu coração,
Esses versos estão se tornando longo
Pois minhas mãos são incansáveis
E o meu coração é um falante
Então pegue o seu violão
Toque a sua canção preferida
Enquanto eu sento ao luar
Para nascer mais uma poesia