As peripécias de Moniquinha - Parte 16

Peripécias de Moniquinha - Parte 16

Depois desse ocorrido, tia Zezé ficou implicando cada vez mais comigo. Ainda bem, que ela arrumou um namorado, com o qual se casou mais tarde, mamãe e papai foram até as testemunhas dela. Era um moço humilde, respeitador e gostava de conversar, bonito, tinha os olhos verdes, não tinha muito estudo, minha tia o ajudou, pagando sua faculdade de economia, comprava-lhe roupas, sapatos, e lhe dava dinheiro para passagem. Ela com ele era bem boazinha!... Fiquei muito triste quando soube que já íamos nos mudar, papai chegou com a notícia que na próxima semana iríamos morar na rua Antonio Gomes de Freitas, no edf. Neide, 3 andar, na Ilha do Leite. Mamãe não gostou da novidade, mas papai a convenceu lhe dizendo que estava apertado, que o aluguel da casa que moravamos tinha subido demais, mas que logo logo, quando vendesse a casa de Dinda, na rua do Hospício, pegaria a sua parte e compraria nossa casinha, que já estava procurando!..... Chegou o dia da mudança, novamente arrumando tudo novamente, não gostamos da idéia, mas fazer o que né?... meu Deus do céu, tinha tanta escada que nossas pernas ficavam doloridas, não tinha elevador. Com o tempo fomos nós acostumando, papai agora invés de viajar nos sábados, agora começava na sexta feira. Tia Zezé foi com a gente. Mamãe conversava muito com minha vó Dinda, e ela pedia a mamãe pra ter paciência. O canto de minha mãe passou a ser triste, ela até chorava, e ficava em prantos mesmo. Tia Zezé, até que enfim casou com o rapaz e foram morar em Olinda. Graças a Deus! Ufa.... sua festinha foi lá no apartamento, foram bastantes dos seus colegas de trabalho. Ela ganhou muitos presentes bonitos. O quê aconteceu de interessante, me contaram no dia seguinte, que eu de madrugada peguei um litro de montilla e fiquei dançando com ele, não me recordei de jeito nenhum, aí descobriram que eu era sonâmbula... Oxe.... O quê é isso, perguntei? Daí, me explicaram o que era! Kkkkk..... foi interessante descobrir isso! Tia Zezé saindo de casa, mamãe teve que contratar uma moça para ajuda-la, falou com minha vó Dinda, e ela ficou de acordo, chegou Célia para o nosso lar. Uma moça, gordinha, baixinha e muito engraçada, sim e muito trabalhadora. Ela ajudava mamãe em tudo em casa, e ainda nos levava para a escola, nesse tempo eu já tinha passado na admissão e fui estudar no Colégio Carneiro Leão. Íamos todos com Célia para a escola, quando papai não dormia em casa. Uma vez eu fiz o jogo da zebrinha, que havia no Fantástico, pedi pra papai pagar na loteria, ele disse que tinha esquecido e naquele domingo quando foi conferir, tinha dado os 13 pontos. Pensei quando ele viu, como ficou!!!!.... foi lá neste etc. Neide que eu fiquei mocinha, não sabia o que era aquilo, fiquei desesperada, gritava tanto que assustei todo mundo, disse que estava morrendo.... Mamãe e Célia ficaram rindo de mim, foi quando mamãe conversando comigo me explicou tudo e eu disse que não queria aquilo não... Fiquei triste e comecei a chorar.... Mamãe me falou que eu tivesse muito cuidado com os meninos, que não ficasse sozinha com ninguém e se algum menino chegasse com gracinha pra o meu lado que eu contasse pra ela.... meu mundinho caiu...

Mônica Farias
Enviado por Mônica Farias em 08/02/2021
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