Hoje não vou escrever em versos

Hoje não vou escrever em versos, embora o assunto a ser tratado mereça versos heptassílabos.

Quero falar de morte. Não esta morte que apavora com sua foice a encaminhar as pessoas para uma tal de morada eterna que para alguns é representada pelos cemitérios ou crematórios.

Grande parte das pessoas se autodenomina espiritualista, em oposição a uma parcela que chamarei de materialista, embora não seja o termo mais adequado.

Para nós, espiritualistas, e aqui eu me incluo nesse time, existe algo mais além do corpo físico - corpo físico este que ficará no cemitério ou irá para o crematório - ao final de nossa curta experiência terrestre. Chamemos este ser imaterial de centelha, alma, sopro, duplo ou espírito, ele sobreviverá à decomposição da carne ou às altas temperaturas dos fornos crematórios. Neste ponto cabe destacar: o Espírito poderá ainda estar ligado ao corpo físico e poderá sofrer no processo de decomposição ou de cremação.

Esse eu verdadeiro, sem a máscara de carne, estará frente a frente com sua própria realidade muito diferente para cada visitante deste nosso abençoado planeta azul.

Deixo estes registros por plena convicção nos fatos relatados pelos próprios Espíritos que partiram, mas tiveram a bondade de compartilhar suas dores conosco. E também por desencargo de consciência, pois todos partiremos e quando nos reencontrarmos do lado de lá não quero ser interpelado: "por que não me avisou que era assim"?

©Bispoeta