Carta ao principiante do amor
Você sabe que é amor,
quando apenas um olá dele, aciona um gatilho em sua mente,
e a faz contente.
Quando você pensa em determinada pessoa, 24 horas por minuto.
Quando a lembrança dele gruda igual carta no selo.
Quando você prefere o isolamento para ficar só pensando nele.
Quando numa multidão que te aplaude, você se questiona: o que é que eu estou fazendo aqui mesmo?
Quando para não se humilhar de novo e de novo, prefere distância dele.
Quando se esgueira pelas ruas, com receio de que se esbarrem e ele perceba quão enrugada está sua alma.
Quando reza um terço inteiro para dormir e mesmo assim, amanhece com o cheiro dele.
Quando sente que trocaria tudo que conquistou, por apenas...
Um beijo dele!
Você sabe que é desamor, quando do lado de lá do poente, ele dorme, acorda, trabalha e não acontece o mesmo com ele.
Quando sente que escreveu uma saga inteira sobre como seria se... E ele sequer leu.
Resta então, devolver os devaneios à Caixa de Pandora e lacrar pelos próximos séculos. Afinal, seria mais provável termos um amor infinito, se acaso o nome dele fosse Werther de (Goethe).