Questão de foco
“A felicidade aparece para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam em nossa vida” - Clarice Lispector
Como sabem na pandemia, estou em casa, aprendendo ser eu. Sim, um eu mais gente, compreensivo, paciente, colaborativo, carinhoso, amoroso, indulgente, observador. Tomo nota do crescimento das poucas plantas que temos cheiro das flores, cores, sabores das frutas, cantar dos pássaros e principalmente seus comportamentos. Sabia que eles têm horários, desejos, afazares como qualquer de nós. Sim, o dia começa cedo, cinco horas, faça chuva ou faça sol. Foi possível ver o desenvolvimento de cada um deles. Fato comum que anotei o foco. São focados no que quer. Correm atrás, buscam. Importante, claro, devido às limitações, sejam elas de ferramental, inteligência, etc. cada coisa de cada vez. Tudo tem seu momento e lugar, não há correrias, desgastes, atropelos.
Vivem bem!
Afirmo também que sou apaixonado por administração, sua capilaridade e ao mesmo tempo sua diversidade. Amo meus amigos! Porque colocar esta ciência e amigos neste plano textual. Pois nas minhas observações constatei que a maioria deles vem atacando tudo, atirando para todos os lugares e ao contrario dos pássaros atropelando, desgastando suas vidas, suas famílias, levando uma existência exaustiva, cansativa. Claro muitos deles pouco tenho falado, trocado idéias.
Fico entristecido!
Discordamos da política, do mundo, etc. Outra coisa que tenho procurado exercitar a tolerância. Devo ser tolerante com o mundo, sua diversidade e principalmente meus amigos, mas não posso perder a chance de pedir para que olhem, analisem o comportamento que estão praticando e perguntem a si mesmo se vale a pena.
“Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de desabafar tudo o que esta preso em meu peito. O papel tem mais paciência do que as pessoas”- diário de Anne Frank.
Desculpe, estou preocupado com vocês.
Luiz Carlos Zanardo