Carta de desculpas

Eu pensei várias vezes nesse texto. Pensei nas palavras que definissem com exatidão que tipo de sentimento é esse. Pensei também em não escrever, pensei em forçar o esquecimento, lutei contra as lembranças, mas falhei. Melhor escrever logo de uma vez, melhor tirar de dentro e jogar pra fora. Quando escrevo, esqueço. E assim é melhor. Indo direto ao assunto. Existe sentimento por você. Não pode ser amor, talvez paixão. Mas existe algo, que me leva até você, que me direciona onde você está, que me faz querer estar onde você está e me faz querer tocar-te, e te segurar forte. O nome disso eu não sei. Quase magnético, algo assim não pode ser saudável, me adoece, me desnorteia.

Ao título, é a única coisa que eu poderia dizer pra você olhando nos seus olhos. Perdão. Eu sindo que te dei esperanças, que alimentei algo em você, pode ser algo parecido com o que eu sinto, ou pode ser outra coisa mais ou menos forte. Mas eu o fiz e devo confessar, foi proposital. Eu queria que você me quissese. Perdão. Talvez, no meu passado, tenha algo que justifique o meu comportamento, mas isso importa? Fui canalha, não fui? Então, é isso. Nada importa além disso. Eu lamento ter passado pela sua vida dessa forma, e de causado algum tipo de mágoa, tenho a certeza de que as lembranças que deixei serão ruins. Por último, eu sonho com você, não todo dia, nem toda semana, mas pelo menos uma vez no mês você está lá, de madrugada na minha cabeça, me fazendo acordar com a vontade de te ver.