Prezada Humanidade
Rio de janeiro dia 27 de outubro de 2007.
Prezada Humanidade,
Queria desaparecer da minha vida,
Ter um momento sem pessoas, sem vitrines e sem pensamentos...
Poderia ser no alto de uma montanha...
Onde ficaria livre de julgamentos, sem ninguém para procurar meus defeitos...
Apenas longe...
Sorriria ao sentir o vento passar pelo meu rosto e embaixo de uma árvore, só me preocuparia com a sombra...
E apenas Longe...
Se tivesse que chorar, choraria sem vergonha...
Pois estaria longe dos apontamentos...
Longe das preocupações...
Acho que até longe de mim...
E quem sabe... Longe dessa confusão...
Conseguiria então, ficar perto do que realmente importa...
Ao escrever isso, que não intitulo poema, mas desabafo...
Chego a pensar que não somente longe, mas vazio...
Quem sabe ficaria cheio do que realmente importa...
Enfim...
Algumas lutas são muito longas...
E a vida é a maior de todas elas...
Quem sabe!
Longe e vazio...
Possa também ser livre...
Algumas lágrimas,
Que insistem em sair, me dizem que apesar de longe e vazio, voltaria a estar mergulhado...
E novamente no lixo
No lixo das hipocrisias, mentiras e egoísmos...
Mas nada disso importa...
Não procura uma vitória facilitada,
Sem esforço...
Sem valor...
Meu nome possui o estigma de um leão e o significado de um guerreiro.
Agora...
Eu só busco um momento...
Oxigênio...
Terei que mergulhar novamente...
Agradeço a essa pena que me acolheu...
Agradeço as palavras que me desabafaram...
Que seja então...
Que seja renovador o meu respirar...
Abraços,
Rascunho de poeta.