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FOSTE TU!
A ti...
Conhecemo-nos de forma despreocupada, tal como tantos encontros casuais despretensiosos, sem nada à espera.
Aos poucos, fomos sendo mais próximos, amigos que depois de vários meses de convivência viraram coloridos. E senti o que nunca havia sentido com outra mulher, uma plenitude total, bastava um olhar para que entendêssemos aquilo que o outro desejava. Ficámos cada vez mais próximos, éramos unha com carne... Fisicamente, um sonho...
Todos os dias estávamos juntos e a despedida era penosa, parte de nós ficava com o outro...
Ansiando pelo reencontro, na manhã seguinte, cada dia despontava luminoso, enchendo tudo de cor... A cor eras tu que a davas, transmitias como que uma primavera esfuziante, plena de encantados aromas... Eu via-te em todo o lado, nas flores viçosas dos jardins, nos quadros de mestres consagrados, nas esculturas de deusas gregas... Sim, lembravas-me a mais linda estátua feminina, um nu que felizmente estava bem vivo e me endoidecia quando a sentia junto a mim... Paixão, louca paixão sim...
Mas também amor... sim, um imenso amor, que depois constatei ser o elo mais importante... Quanto amor senti, sentimos...
Intensos que nós éramos, e por culpa de ambos, por uma questão menor, de repente afastámo-nos um do outro. Sofri imenso, não tenho dúvidas que tu também... Muitas lágrimas rolaram... mas o orgulho não abafou o amor... estupidamente!
Muito tempo passou...
Raciocinando a frio, compreendi a tua dignidade e caráter. Sei que nunca mais quiseste ninguém... Eu tive alguns - poucos - relacionamentos mas sem relevância pois és e serás sempre insubstituível...
Sempre te amei, amo e amarei, até ao fim dos meus dias.
Fica com Deus e comigo no teu doce coração.
Stephen
Do baú do tempo...