Carta para Alícia
Lauro de Freitas,
25 de Maio de 2020
Alícia
minha neta querida
Nossa estrelinha do universo
Que esta te encontre um dia
À soletrar esse amor em versos
À ti, contidos nessas linhas
Com todo o meu amor e ternura
Te desejo toda sorte
Bênçãos, saúde e alegria;
Mesmo distante
Quanta alegria em te ver
Quanta esperança
Não te apresses em crescer
Ào ser criança
Tudo lhe parece grande
Como o mundo de Alícia
Um anjo que desceu do céu
Sem maldade e sem malícia
Sem noção de ser tamanho
Um amor que não cabe em distância
Inspira as águas que transbordam
E encontram sempre caminhos
Não se represa e nem se guarda consigo
Nossa pequena passarinho
Se acaso sentir medo
Papai e mamãe estão sempre perto
Deus te guarda dos perigos
Quando precisar de colo
Desconheço melhor abrigo
Se ficar entediada
Vovô e vovó não lhe faltarão
Há de encontrar na família
Os seus melhores amigos
Nossa pequena estrelinha
Não te apresses em ser grande
Crescer é um tanto doloroso
Causa sempre algum desconforto
Enquanto a gente cresce
A gente vai se amofinando
Quando a gente envelhece,
Tudo vai se apequenando
Sem perceber
A gente volta à velha infância
Nessa condição perene
Tudo vai descortinando
E a gente vai se libertando.
Que cesse enfim essa distância
E a gente logo se encontre.
Do seu vovô Edvan
Que já te ama além da vida.
*(...) em 16 de setembro de 2020, passado o período mais crítico do distanciamento social imposto, devido ao momento pandemico do covid-19, pude então voar para São Paulo e enfim abraçar minha netinha Alícia.