18- calafrios e epitáfios

Calafrios e epitáfios,

São poucas as estrelas que se atrevem aparecer permeados de dor na noite de neblina das trevas... os carros vêm e vão fazendo sua festa, em busca de algum lugar, algum lugar que em meio a multidão caótica trás tranquilidade. O vento, vento frio vem até minha face bater-me acoimaitando dores imprescindíveis.

O silêncio ensurdecedor é quebrado ao som das buzinas inquietas que se misturam ao céu cinza da poluição deixada pela mesma raça. E seu olhar, seu olhar está hoje, a milhões de quilômetros só é mais um flash em minha mente, e seu sorriso, bem seu sorriso agora só é mais um esboço em meus papéis, e por fim sua face, sua face só é mais uma lembrança guarda no canto mais banal da minha cabeça,que daqui a anos será esquecido, como a poeira que se vai as brisas...

Eu te amei... te amei imagem do que as flores de lírio em meu jardim chamei mas do que a chuva que cai para o solo sedento que anseia por mais um gole de sua água, eu te amei tal qual as estrelas do céu e a lua que beija o mar, eu te amei mais do que a carne podre que é digerida pelos necrófilos do cemitério, eu posso dizer eu realmente te amei... mas o tempo se vai e as pessoas também você se foi para sempre não desse mundo mais de mim você se foi de mim para sempre.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 15/10/2020
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