Cartas para Dona Ana, minha mãe - Teu Caçula, novamente
Nem vou mencionar o tempo desta vez. Sei que por aí o tempo tem uma importância diferente.
A vida de casado teve bons efeitos em mim. Isabel, a mulher que há de vencer todas as burocracias do Vaticano para ser santificada – só falta isso, aliás - me faz melhor a cada dia. Semana passada levou-me para tomar vacinas (tétano e hepatite e um grande NÃO para a ¨vachina¨). Lembrei-me de você xingando mães que não vacinavam os filhos lá na longinqua década de 1970 …
Pois fique sabendo que atualmente há neste atrasado planeta seres que escolheram não vacinar os filhos. Pessoas com diploma e que nunca pularam uma refeição. Eles dão uma lista de motivos, um pior do que outro e não vacinam os seus herdeiros. Tive sarampo num tempo em que a vacina ainda não existia e não desejo isso pra ninguém. Nem para esses pais imbecis. Uma caxumba ? Talvez.
Uma sobrinha tua, a Terezinha acaba de vencer uma guerra contra aquela outra doença filhadaputa. Na visão espírita a doença é a cura e ela encontrou essa cura aqui mesmo. Isso nunca é fácil, mas ela vai tocando a vida.
Lembra-se que eu vivia batucando (até na igreja) quando criança ? Pois é, descobri que para ser baterista preciso estudar muito. Talento ajuda, mas baterista precisa estudar música, além de praticar direto.
Sim, porque o baixista perde metade das notas e ninguém percebe; o guitarrista usa acordes errados e passa batido, mas e o baterista ? Os bêbados lá na rua percebem uma escapada de baqueta …
Até.