Cenas de Delírios, Delícias da juventude: Amores e Ciúmes
Se meus avós maternos eram voltados para a produção rural do “engenho”. Meus avós paternos fizeram a vida com a produção da fábrica de laticínio.
Meus avós paternos, Sebastião Lisbôa e Matilde Caldas, tiveram uma prole numerosa. O mais velho, o meu pai. Moravam na casa sede da fábrica ou na chamada casa do tanque. O tanque era o local onde as pessoas se abasteciam de águas públicas.
Meu pai tendo feito curso de técnico elétrico por correspondência tinha que fazer prova de proficiência. Fez a instalação elétrica da fábrica, montou sua velha radiola, tinha seu microfone e comprava seus discos. Trabalho e lazer.
Enquanto os ruralistas tinham seus animais de carga, burros e jumentos, para toda tração animal, ele logo comprou a sua motocicleta. Tornou-se logo o rapaz que todos criticavam por ser uma espécie de “playboy” da época e todas as moças o cobiçavam. Todos diziam: “ele leu muito, é doido”. Naquela comunidade ler fazia, acreditavam, ficar “doido”.
Na casa de seus pais ele organizava horas dançantes com seus discos e jogos de baralho.
Nas escadas da igreja e em seu átrio organizava teatros.
Enquanto na hora da missa todos rezavam, ele, para horror da Matilde, perturbava com sua moto roncando o motor nas vielas laterais.
E foi assim que ele atraiu a atenção de minha mãe e suas amigas. Minha mãe, versada em sonseira mineira, ganhou o jogo da conquista. Bem se diz o ditado “mineiro toma sopa pelas beiradas”. E ela tomou a sopa toda!
Com olhares ela confessava amores disputados com jogos políticos e interesses próprios. E foi assim que duas pessoas, que tendo poucos interesses comuns, casaram-se. Ela com 15 e ele com 18 anos. Tinham que garantir a fertilidade: filhos que lhe garantissem futuro e a Morte andava de alazão.
Amores e Dolores. Mas sempre quando ele podia ia para Juiz de Fora atrás da normalista que para lá foi mandada estudar.
Tiveram sete filhos testemunhas de crises ciumentas. É de drama que o teatro se faz com algumas esparsas comédias.
O melhor da comédia é que minha mãe guardou o retrato da amiga. E depois que meu pai falecera ela andava com a fotografia na mão dizendo: “Ah, agora o Paulo vai encontrar no céu com a Lurdinha! Danada!”
Se meus avós maternos eram voltados para a produção rural do “engenho”. Meus avós paternos fizeram a vida com a produção da fábrica de laticínio.
Meus avós paternos, Sebastião Lisbôa e Matilde Caldas, tiveram uma prole numerosa. O mais velho, o meu pai. Moravam na casa sede da fábrica ou na chamada casa do tanque. O tanque era o local onde as pessoas se abasteciam de águas públicas.
Meu pai tendo feito curso de técnico elétrico por correspondência tinha que fazer prova de proficiência. Fez a instalação elétrica da fábrica, montou sua velha radiola, tinha seu microfone e comprava seus discos. Trabalho e lazer.
Enquanto os ruralistas tinham seus animais de carga, burros e jumentos, para toda tração animal, ele logo comprou a sua motocicleta. Tornou-se logo o rapaz que todos criticavam por ser uma espécie de “playboy” da época e todas as moças o cobiçavam. Todos diziam: “ele leu muito, é doido”. Naquela comunidade ler fazia, acreditavam, ficar “doido”.
Na casa de seus pais ele organizava horas dançantes com seus discos e jogos de baralho.
Nas escadas da igreja e em seu átrio organizava teatros.
Enquanto na hora da missa todos rezavam, ele, para horror da Matilde, perturbava com sua moto roncando o motor nas vielas laterais.
E foi assim que ele atraiu a atenção de minha mãe e suas amigas. Minha mãe, versada em sonseira mineira, ganhou o jogo da conquista. Bem se diz o ditado “mineiro toma sopa pelas beiradas”. E ela tomou a sopa toda!
Com olhares ela confessava amores disputados com jogos políticos e interesses próprios. E foi assim que duas pessoas, que tendo poucos interesses comuns, casaram-se. Ela com 15 e ele com 18 anos. Tinham que garantir a fertilidade: filhos que lhe garantissem futuro e a Morte andava de alazão.
Amores e Dolores. Mas sempre quando ele podia ia para Juiz de Fora atrás da normalista que para lá foi mandada estudar.
Tiveram sete filhos testemunhas de crises ciumentas. É de drama que o teatro se faz com algumas esparsas comédias.
O melhor da comédia é que minha mãe guardou o retrato da amiga. E depois que meu pai falecera ela andava com a fotografia na mão dizendo: “Ah, agora o Paulo vai encontrar no céu com a Lurdinha! Danada!”
#memória #crônica #poesia
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 28/09/2020.
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Lei do Direito Autoral nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998.
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