Ecos da Pandemia – Reaprendizados e Reflexões – Parte 04

Ontem, caminhei de novo, mas, dessa vez, não haviam textos nem de Pessoa nem de Whitman, para decorar ou declamar baixinho. Tampouco havia algum ponto de gramática inglesa ou francesa para relembrar e exercitar. Sou do tempo em que latim, inglês e francês eram ensinados, também, nos colégios públicos.

Minha lembrança viajou para dois momentos interessantes de minha vida:

O primeiro deles, em 1972, quando estava no primeiro ano da EMMRJ, tínhamos uma corrida rústica matutina que fazia parte da grade de disciplinas de educação física semanal, e o segundo deles, em 1992/94, quando realizei um curso de Pós-graduação em Análise de Sistemas.

O que existe em comum entre esses dois eventos? Ambos serviram para reforçar minha caminhada, melhorando aptidões físicas e mentais, contribuindo para aumentar as chances de atingimento das metas de vida (pessoal e profissional), até quando Deus quiser.

Aquelas corridas da época de Escola despertaram em mim o gosto pela atividade esportiva ao ar livre. Quando embarcado, aproveitava meu tempo livre, além de estudar e ler (devorava tudo que tinha a bordo e que caía em minhas mãos, desde romances e contos de ficção à manuais de instrução de operação e manutenção dos mais variados equipamentos), dando uma corridinha no convés principal, com meus colegas de bordo. Quando deixei de viajar, tornei-me um corredor de rua. Característica essa que sustentei durante muitos anos, até que o tempo me acenasse que era melhor diminuir o ritmo.

Diferente da geração que me sucedeu, não nasci com o PC (computador pessoal) debaixo do braço. Para poder ter alguma chance de acompanhar a explosão da computação pessoal e a sua interação com as empresas, precisava estudar um pouco mais. Daí, realizei um curso, que, pensei, iria me ajudar a entender e participar, com mais facilidade, daqueles novos tempos. Mesmo antes da Pós, já fizera diversos cursinhos sobre a MS-DOS, LOTUS 1-2-3, hardware de PC, etc. Na grade de disciplinas do curso me chamavam mais atenção aquelas envolvidas na parte de administração da informação do que aquelas que mexiam com programação propriamente dito. Os princípios básicos (desculpem o pleonasmo) sobre administração e segurança da informação, sedimentados naquela época amalgamaram-se à minha personalidade e eu os trouxe até os dias de hoje, e tento, sempre que possível, implementá-los no meu dia a dia. O desafio é fazer isso sem se tornar um chato de galocha (rs). Por exemplo, atualmente, na internet, a maioria dos prestadores de serviços ou vendedores, mantém e disponibilizam os comprovantes das operações comerciais que realizam. Apesar disso, sempre considerei ser de bom alvitre que gerássemos e salvássemos os nossos próprios comprovantes, porque, na hora da necessidade, a recuperação da informação é, normalmente, mais rápida por parte de quem está precisando da mesma.

Além disso, é conveniente lembrar, também, que se existem cópias da informação nos formatos digital e em papel, sempre guardá-las em espaços diferentes, pois que um desastre pode tornar irrecuperável tudo que estiver junto em um mesmo ambiente.

Agradeço a todos que tiveram a pachorra de ler mais essa carta, e espero sinceramente que os assuntos aqui tratados sirvam de alguma forma para ajudar, lembrar ou estimular a todos que assim o desejem.