Uma árvore, um cão e um homem.
Hoje, contemplei uma árvore que reside ao relento de uma antiga praça da cidade. Enorme, seu tronco coberto de musgos, galhos robustos, folhas com um vigoroso verde. Não havia nenhum sinal de poda recente e mesmo assim ela estava esplendida, imponente, exalando dignidade.
Hoje, contemplei um homem que reside ao relento da mesma antiga praça da cidade. Cabelos sem poda recente, rosto coberto de pelugem, membros finos, pele desgastada, abraçado a uma garrafa plastica com um liquido amarelo,dormia um sono tortuoso, quando o Sol já ia alto. Ao seu lado, atento, um cão vira-lata de olhar profundo. O homem certamente um mendigo, o cão, talvez um renunciante.
Árvore e cão em conformidade com a natureza, mas o que corresponde ao homem, cuja história desconheço?!
Arvore e cão belos em seu cumprimento do dever, mas o que cabe ao homem?
A beleza, vestimenta da verdade e do dever, esta sempre nos dando uma pista sobre o nosso autentico lugar.