Cartas para ela
Para você
(agosto de 2020)
As cartas que enviei não foram recebidas, as palavras que escrevi voltaram para mim, o talento que tanto admiram será o meu fim.
As palavras, as cartas e a mim, foram rejeitadas com um leve aceno dizendo o contrário de sim.
Cada sentimento ali descrito, cada manuscrito, me sinto contrito,
não pelas palavras que escrevi ou pelos sentimentos que senti, mas pela ilusão daquele amor, pela falta e pela insegurança de reaprender a amar.
Estou em um completo dilema, entre o poeta e escritor há palavras e lembranças maltratadas, pensamentos afogados e medos emergidos.
Estou escrevendo essa carta para tentar respirar, desafogar e talvez um dia, aprender a amar.
Com afetos e esperanças.
Márcio André S. Garcia