CARTA DE UM SUICIDA À POLICIA

Junto ao cadáver de um suicida foi encontrada uma carta, escrita com

clareza e explicando o seu tresloucado gesto, conforme segue:-

"- Sr. Delegado, não culpe ninguém pela minha morte. Deixo esta vida

porque, dia a mais, dia a menos eu acabaria louco sem mais saber o que

viria a ser neste vale de lágrimas. Explico:- tive a distinta sorte de me ca-

sar com uma viúva, a qual tinha uma filha (se soubesse disso eu não teria

me casado). Meu pai, para desgraça minha, era vivo e quis, a fatalidade, enamo-

rou-se e se casou com a filha da minha mulher. Resultou daí que a minha mulher se todo seu tornou sogra de seu sogro, minha enteada ficou sendo

minha mãe e meu pai era ao mesmo tempo meu genro.

Por algum tempo minha filha trouxe ao mundo um menino que veio a ser

meu irmão. Com o decorrer do tempo minha mulher também deu à luz um

menino que, como irmão da minha mãe, era cunhado do meu pai e tio do filho dele, passando minha mulher a ser nora da própria filha. Eu, delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão do meu pai. Minha mulher ficou sendo minha avó já que ela é mãe da minha mãe. Eu acabei sendo avô de mim mesmo!...

O delegado leu a carta e morreu também!...

-o-o-o-o-

B.Hte., 03/08/20

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 03/08/2020
Reeditado em 03/08/2020
Código do texto: T7024996
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