CARTA DE UM SUICIDA À POLICIA
Junto ao cadáver de um suicida foi encontrada uma carta, escrita com
clareza e explicando o seu tresloucado gesto, conforme segue:-
"- Sr. Delegado, não culpe ninguém pela minha morte. Deixo esta vida
porque, dia a mais, dia a menos eu acabaria louco sem mais saber o que
viria a ser neste vale de lágrimas. Explico:- tive a distinta sorte de me ca-
sar com uma viúva, a qual tinha uma filha (se soubesse disso eu não teria
me casado). Meu pai, para desgraça minha, era vivo e quis, a fatalidade, enamo-
rou-se e se casou com a filha da minha mulher. Resultou daí que a minha mulher se todo seu tornou sogra de seu sogro, minha enteada ficou sendo
minha mãe e meu pai era ao mesmo tempo meu genro.
Por algum tempo minha filha trouxe ao mundo um menino que veio a ser
meu irmão. Com o decorrer do tempo minha mulher também deu à luz um
menino que, como irmão da minha mãe, era cunhado do meu pai e tio do filho dele, passando minha mulher a ser nora da própria filha. Eu, delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão do meu pai. Minha mulher ficou sendo minha avó já que ela é mãe da minha mãe. Eu acabei sendo avô de mim mesmo!...
O delegado leu a carta e morreu também!...
-o-o-o-o-
B.Hte., 03/08/20