Caso a gente se encontre daqui uns anos,
penso se seu coração ainda vai acelerar ao me ver e se as borboletas no estômago ainda farão um rebuliço. Se você ainda ligaria e ficaria nas chamadas até que eu durma e, mesmo sonolenta, saiba que sempre consegui ouvir sua voz, me chamando e dizendo que me ama. Mas, caso me dissesse hoje, será que você ainda amaria tanto quanto à primeira vez que me disse isso? É que foram tantas coisas, dear, e eu sou um museu, apesar do armazenamento ser descartes. Ainda há gavetas separadas com memórias tuas. E, eu lembro do seu sorriso desajeitado antes de olhar para baixo e segurar minhas mãos ou modo como me abraçava por alguns minutos para que eu não fosse embora ou pelo menos ficasse mais um pouco. Eu lembro mesmo que logo conclua que você nem me guardaria mais no teu abraço. Não me esperaria arrumar o cabelo ou esconder a cara amassada ao acordar só pra dizer que continuo tão linda quando na tarde que nos conhecemos, e já faz tempo. Eu ainda penso se você ainda será você. Se ainda será o mesmo cara que eu me apaixonei e amei mesmo depois de ir.
Eu nem sei onde foi que a gente se perdeu
porque tínhamos tudo pra dar certo, mas não deu.
Talvez, teus olhos
só tenham encontrado o abismo dos meus.
para meu primeiro amor.